
Análise: Disputa por sede da COP31 envia mensagem de divisão
Disputa pela sede da próxima conferência climática revela desafios nas negociações internacionais e evidencia diferentes posturas dos países em relação ao clima; análise é de Américo Martins no Bastidores CNN
A Austrália rejeitou oficialmente a proposta de co-sediar a COP31 com a Turquia, aprofundando o impasse sobre a localização da próxima conferência climática global. O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, manifestou que, embora não vete a candidatura turca, seu país não compartilhará a organização do evento. A análise é de Américo Martins no Bastidores CNN.
O cenário atual expõe uma significativa divisão no cenário internacional em um momento crítico para as discussões climáticas. A situação é especialmente preocupante quando importantes nações questionam dados científicos sobre o aquecimento global, tornando ainda mais relevante a necessidade de união e consenso entre os países.
Complexidade nas negociações
A escolha da sede da COP exemplifica os desafios enfrentados nas negociações climáticas internacionais. Com a necessidade de consenso entre aproximadamente 200 países participantes, o processo decisório torna-se ainda mais complexo, especialmente diante de uma disputa acirrada entre Turquia e Austrália.
As duas nações apresentam abordagens distintas em relação às questões climáticas. A Austrália tem intensificado seu compromisso com o combate às mudanças climáticas, inclusive oferecendo suporte a países insulares do Pacífico ameaçados pela elevação do nível dos oceanos. A Turquia, por sua vez, não demonstra histórico tão expressivo de engajamento nas questões climáticas.
Caso não se chegue a um acordo, existe a possibilidade de a conferência ser realizada na Alemanha, especificamente em Bonn, onde está localizada a sede do órgão climático da ONU. Nesse cenário, o Brasil manteria a presidência do evento, aumentando sua responsabilidade no processo.


