Análise: Eleições legislativas na Argentina testam confiança em Milei

Durante o WW, a analista Thais Herédia, o diretor de Jornalismo da CNN em Brasília, Daniel Rittner, o analista Lourival Sant’Anna e Thiago Vidal, diretor de análise política da Prospectiva analisaram a disputa por metade das cadeiras na Câmara e um terço do Senado que ocorre em meio a acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões condicionado a vitória do partido de Milei

Da CNN Brasil
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As eleições legislativas argentinas marcadas para domingo (26) representam um teste crucial para o governo de Javier Milei, com disputas que definirão metade dos assentos na Câmara dos Deputados e um terço do Senado. O pleito ganha ainda mais relevância diante do acordo de swap cambial de U$ 20 bilhões firmado com os Estados Unidos. A análise é de Thais Herédia, Daniel Rittner, Lourival Sant’Anna e Thiago Vidal, diretor de análise política da Prospectiva, no WW.

O apoio americano, no entanto, está condicionado a uma vitória do partido de Milei nas eleições, gerando críticas tanto da oposição quanto de membros do Partido Republicano. Democratas questionam a atuação do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que busca ampliar o empréstimo para U$ 40 bilhões de dólares com recursos de bancos privados.

Resistências internas nos EUA

O setor do agronegócio americano demonstra forte oposição ao acordo, especialmente após Donald Trump defender um aumento nas importações de carne bovina argentina. A medida desagradou pecuaristas americanos, que veem a decisão como contrária à política "America First".

Pesquisas indicam que o Partido Libertário, de Milei, pode conquistar uma maioria simples de cerca de 35% dos votos. Esse resultado, embora expressivo, não garantiria maioria absoluta, tornando necessária a formação de alianças para aprovação de projetos.

Desafios econômicos

A Argentina enfrenta uma situação econômica delicada, com previsões de crescimento sendo constantemente revisadas para baixo. O país precisa pagar ou renovar U$ 20 bilhões em títulos da dívida em 2026, enquanto o Banco Central gasta cerca de U$ 500 milhões diariamente para manter o câmbio dentro da margem estabelecida.

A estratégia de controle cambial, principal âncora de popularidade do governo até o momento, mostra sinais de esgotamento. Analistas apontam que, sem flexibilização da taxa de câmbio, a Argentina terá dificuldades para alcançar sustentabilidade econômica, mas alterações nessa política podem comprometer o apoio ao governo.

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