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    Anistia Internacional pede que Europa revogue suspensão de asilo para sírios

    Países como Alemanha, Áustria e Reino Unido anunciaram esta semana pausas nos requerimentos de refúgio vindos da Síria

    Raja Razekda CNN

    O grupo de direitos humanos Anistia Internacional está pedindo aos países europeus que revertam suas pausas em pedidos de asilo para cidadãos sírios, após a queda do regime de Bashar al-Assad.

    Milhares de requerentes foram afetados pela mudança de política desta semana de várias nações, incluindo Alemanha e Áustria, que ocorre em meio a um ressurgimento de partidos de direita interessados ​​em restringir a imigração na Europa — onde vivem mais de um milhão de sírios.

    “A situação na Síria é extremamente instável. Cinco décadas de brutalidade e repressão não podem ser desfeitas da noite para o dia”, declarou Eve Geddie, diretora do escritório de instituições europeias da Anistia.

    Geddie completou relembrando que “seguindo a lei internacional e os padrões de proteção de refugiados, os pedidos de asilo devem ser processados ​​pronta e efetivamente. Os países europeus também devem continuar a considerar as circunstâncias individuais de cada requerente, caso a caso.”

    O Reino Unido “pausou temporariamente decisões” sobre solicitações de refúgio de cidadãos sírios, confirmou o Ministério do Interior do Reino Unido à CNN na segunda-feira (9).

    Mais cedo, os ministros do interior da Alemanha e da Áustria afirmaram que pausariam os requerimentos de asilo para sírios. A Áustria também disse que estava começando a considerar a deportação de pessoas para a Síria.

    Entenda o conflito na Síria

    O regime da família Assad foi derrubado na Síria no dia 8 de dezembro, após 50 anos no poder, quando grupos rebeldes tomaram a capital Damasco.

    Quem é a família de Bashar al-Assad, que governou a Síria por mais de meio século

    O presidente Bashar al-Assad fugiu do país e está em Moscou após ter conseguido asilo, segundo uma fonte na Rússia.

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, segundo a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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