As declarações de Trump sobre o novo coronavírus, de março até hoje
Apesar de enfrentar duras críticas pela resposta à pandemia, o presidente chegou a elogiar a própria gestão da crise


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi diagnosticado com o novo coronavírus nesta sexta-feira (2), após meses minimizando a pandemia da doença, evitando o uso de máscaras, criticando quem as usa e realizando diversos comícios com aglomerações de apoiadores — mesmo com os alertas de profissionais da área da saúde. Relembre os principais comentários dele sobre a Covid-19 até agora.
• 22 de janeiro (à emissora CNBC): “Temos tudo sob controle. É apenas uma pessoa vinda da China e temos tudo sob controle. Vai ficar tudo bem”.
• 24 de janeiro (no Twitter): “A China tem trabalhado muito para conter o novo coronavírus. Os EUA apreciam os esforços deles e a transparência. Tudo vai dar certo. Em particular, em nome do povo norte-americano, quero agradecer ao presidente Xi [Jinping]”.
• 23 de fevereiro (a repórteres): “Estamos muito envolvidos. Estamos muito, muito cientes de tudo que está acontecendo. Temos tudo isso muito sob controle neste país”.
• 27 de fevereiro (na Casa Branca): “Vai desaparecer. Um dia, como um milagre, vai sumir”.
Assista e leia também:
Diagnóstico de Trump para Covid-19 influencia campanha presidencial nos EUA?
Médico diz que Trump está bem e deve trabalhar de casa após contrair Covid
Trump e assessora estavam com Covid-19 no debate com Biden? Médicos comentam
• 10 de março (após reunião com senadores republicanos): “Isso foi inesperado. E atingiu o mundo. Estamos preparados e vamos fazer um ótimo trabalho. E vai passar. Fiquem calmos. Vai passar”.
• 13 de março (a manifestantes): “Sim, não, eu não assumo responsabilidade, porque recebemos uma série de circunstâncias e regras, regulamentos e especificações de uma época diferente”.
• 15 de março (na Casa Branca): “Este é um vírus muito contagioso. É inacreditável. Mas é algo sobre o qual temos tremendo controle”.
• 18 de março (no Twitter): “Sempre tratei o vírus chinês muito seriamente, e tenho feito um trabalho muito bom desde o começo, incluindo minha antecipada decisão de fechar as ‘fronteiras’ com a China – contra a vontade de quase todos”.
• 3 de abril (na Casa Branca): “Com as máscaras, será uma coisa muito voluntária. Vocês podem usá-las, não têm que usá-las. Estou escolhendo não fazer isso, mas algumas pessoas podem querer fazê-lo e tudo bem.”
• 23 de abril (na Casa Branca): “Eu vejo o desinfetante, que ele o elimina em um minuto. Há alguma forma de fazermos algo assim por injeção ou quase uma limpeza? Porque ele pega os pulmões e faz um tremendo estrago nos pulmões, então eu estaria interessado em checar isso.” Mais tarde, Trump disse que não estava encorajando as pessoas a ingerirem desinfetante e afirmou que estava sendo sarcástico.
• 21 de maio (em visita a uma fábrica da Ford): “Eu usei [uma máscara] na área lá atrás. Não quis dar à imprensa o prazer de ver”.
• 12 de julho (antes de usar uma máscara pela primeira vez em público): “Quando você está em um hospital, especialmente naquele ambiente específico, quando você está conversando com muitos soldados, as pessoas ali em alguns casos saíram das mesas de operação. Acho uma ótima coisa o uso de máscara”.
• 21 de julho (na Casa Branca): “Estamos pedindo a todos que, quando não puderem manter o distanciamento social, usem uma máscara, peguem uma máscara. Gostando dela ou não, elas têm um impacto, terão um efeito e precisamos de tudo que pudermos. Eu vou usar, com prazer. Qualquer coisa que tiver potencial de ajudar é uma coisa boa.”
• 19 de setembro (na noite antes de os EUA atingirem os 200 mil mortos): “[A doença] Não afeta praticamente ninguém. É ótimo. Afeta pessoas mais velhas com problemas no coração e outros problemas”.
• 29 de setembro (durante o 1º debate presidencial, após tirar uma máscara do bolso): “Eu uso máscara é necessário”. Ao se dirigir ao rival democrata, Joe Biden: “Não uso máscaras como ele. Todas as vezes que vocês o veem, ele está de máscara. Ele poderia estar falando a 60 metros de distância e apareceria com a maior máscara que eu já vi”.
• 29 de setembro (quando questionado se estaria preocupado com a doença se espalhando nos comícios dele): “Bem, até agora não tivemos qualquer problema. São em ambientes externos, essa é a grande diferença, segundo os especialistas. E os fazemos em ambientes externos, temos grandes multidões, como podem ver. Não tivemos nenhum efeito negativo. E tivemos 35 mil, 40 mil pessoas em alguns desses comícios”.
• 02 de outubro (no Twitter): “Esta noite, a primeira-dama e eu testamos positivo para Covid-19. Começaremos nosso processo de quarentena e recuperação imediatamente. Vamos superar isso juntos”.