Autoridades de Mariupol acusam Rússia de bombardear corredor de retirada de civis

Representante da prefeitura ainda afirmou que ataques aéreos estavam sendo realizados para destruir a infraestrutura rodoviária e isolar completamente a cidade

Tim Lister, da CNN, Kiev
Imagens de satélite Maxar mostram destruição de mercearias e shopping centers no oeste de Mariupol, Ucrânia  • Satellite image (c) 2022 Maxar Technologies/Getty Images
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Autoridades da cidade de Mariupol, no sul ucraniano, dizem que as forças russas começaram a lançar bombas em uma região chamada de "corredor verde", designado para retirar os moradores da cidade.

"Neste momento, o bombardeio aéreo de Mariupol está em andamento", disse Petro Andryushchenko, assessor do prefeito de Mariupol.

O representante da prefeitura ainda afirmou que os ataques aéreos estavam sendo realizados para destruir a infraestrutura rodoviária e isolar completamente a cidade. Até o momento, não há declarações sobre a alegação ucraniana. Na quarta-feira (9), o Ministério da Defesa russo afirmou que suas forças avançaram em vários distritos ao redor de Mariupol.

Nesta quinta-feira (10) Ucrânia abriu sete corredores humanitários para que civis deixem cidades sitiadas por forças russas, incluindo a cidade Mariupol, Sumy, no nordeste do país, Krasnopillya e  Trostyanets.

O conselho de Mariupol afirmou nesta quinta que ataques a uma maternidade na quarta-feira (9), que as autoridades locais atribuem aos russos, deixaram vítimas. Três pessoas morreram, disse o conselho da cidade nesta quinta-feira (10).

“Hoje sabemos que após o atentado terrorista por aviões russos no hospital infantil de Mariupol há 17 vítimas – crianças, mulheres, médicos – e três morreram, entre elas uma criança, uma menina”, informou o conselho.

O número total de vítimas ainda não é claro. Até o momento os relatórios preliminares das autoridades disseram que ao menos 17 pessoas ficaram feridas no ataque.

Além da maternidade, um prédio da administração da cidade e uma universidade podem ter sido alvos do mesmo bombardeio russo que as autoridades ucranianas disseram ter atingido a maternidade. As estruturas ficam a menos de 1km das unidades de saúde atingidas.