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    Avanço rebelde é “sério perigo” para Irã, Iraque e Síria, dizem governos

    Declaração conjunta descreve forças armadas da oposição como terroristas e pede ação coletiva

    Mohammed Tawfeeqda CNN

    O avanço das forças rebeldes na Síria representa “um sério perigo” para o Irã, Iraque e a própria Síria, disseram os ministros das Relações Exteriores dos três países em uma declaração conjunta nesta sexta-feira (6).

    Os chanceleres Fuad Hussein, do Iraque, Abbas Araghchi, do Irã, e Bassam al-Sabbagh, da Síria, realizaram uma reunião trilateral em Bagdá nesta sexta para discutir a crise no território sírio, enquanto os rebeldes continuam avançando.

    Os três países descreveram as forças armadas da oposição como “terroristas”, enfatizando que havia “uma necessidade de ação coletiva para enfrentá-la”.

    Os ministros também condenaram “os ataques israelenses em andamento na Síria, bem como em Gaza e no Líbano”, ressalta a declaração conjunta.

    “Não há escolha a não ser coordenar, cooperar e continuar a consulta diplomática para eliminar todos os riscos de escalada na região”, acrescentaram.

    Eles também enfatizaram “a necessidade de mobilizar todos os esforços árabes, regionais e internacionais para alcançar soluções pacíficas para os desafios que a região enfrenta em geral, e a Síria em particular”.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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