Biden não comenta declaração de Lei Marcial na Coreia do Sul após questionamento

Presidente dos EUA afirmou que está sendo informado sobre o assunto; EUA dizem que monitoram situação

MJ Lee, da CNN
Presidente dos EUA, Joe Biden30/10/2024REUTERS/Nathan Howard  • REUTERS
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se recusou a falar sobre a declaração de Lei Marcial na Coreia do Sul, dizendo que ele ainda não foi totalmente informado sobre o caso.

"Estou sendo informado sobre isso", Biden disse a repórteres quando questionado sobre a Coreia do Sul. O presidente americano está na Angola e fez o breve comentário após fazer um discurso no Museu Nacional da Escravidão.

O governo dos EUA está monitorando de perto a situação e está em contato com o governo sul-coreano. A CNN relatou que o governo Biden parece ter sido pego de surpresa pelos acontecimentos na Coreia do Sul, e um alto funcionário disse que eles estão "seriamente preocupados".

Philip Goldberg, embaixador dos EUA na Coreia do Sul, ressaltou que a representação diplomática e o Departamento de Estado americano "estão acompanhando de perto a recente declaração de lei marcial do Presidente Yoon".

Goldberg encorajou as pessoas a "monitorar fontes de notícias locais para atualizações conforme a situação progride" e a se inscreverem para receber alertas do Departamento de Estado.

Cerca de 28.500 soldados norte-americanos estão estacionados na Coreia do Sul. Um porta-voz do comando militar dos EUA não respondeu a várias ligações telefônicas.

Parlamento vota para bloquear Lei Marcial

Parlamentares da Coreia do Sul votaram para bloquear o decreto da Lei Marcial anunciado pelo presidente Yoon Suk Yeol nesta terça-feira (3).

A moção para anular a medida teve 190 votos a favor e zero contrários -- há 300 assentos na Assembleia Nacional.

Não está claro qual efeito a votação terá na declaração da Lei Marcial. Pela lei sul-coreana, o presidente é obrigado a cumprir a votação.