Cédulas estão nos poucos problemas da manhã tranquila de votação na Argentina
Problemas pontuais foram registrados, como células rasgadas e furtadas
As cédulas para votação nas eleições presidenciais argentinas, as chamadas “boletas”, ganharam protagonismo na manhã tranquila de votação neste domingo (19) de segundo turno.
Em uma campanha em que a candidatura de Javier Milei lançou dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral, os problemas pontuais vistos nesta manhã envolveram os papéis usados pelos eleitores.
Um dos episódios teve um jovem de 16 anos que roubou algumas cédulas da cabine onde votou. Relatos na imprensa argentina citam que o adolescente teria retirado cerca de 30 cédulas da pilha que estava nesta sessão eleitoral.
Fiscais teriam percebido o roubo pelo volume que o jovem carregava na roupa. O caso aconteceu em uma escola técnica no bairro Parque Patrícios, próximo ao estádio do Boca Juniors, a Bombonera.
Há, ainda, relatos de cédulas rasgadas dentro das cabines de votação. Entre eleitores, muitos citam dúvidas sobre a validade de votos em caso de boletas rasgadas.
Segundo a legislação vigente, é possível votar inclusive com uma cédula do primeiro turno – já que ambos os candidatos imprimiram cédulas semelhantes nos dois turnos.
Nessa confusão, há também quem questiona se é possível votar com cédulas impressas para as eleições primárias.
Como é feita a votação?
Na Argentina, a votação é feita com a entrega de um envelope vazio ao eleitor que chega à mesa eleitoral.
Com o envelope, o eleitor vai até ao chamado “quarto escuro”, a cabine de votação. Lá, estão as cédulas dos candidatos que disputam o voto. Hoje, no segundo turno, há apenas dois papéis, de Sergio Massa e Javier Milei.
Então, o eleitor pega uma das cédulas e guarda dentro do envelope. Em seguida, sai da cabine e volta à mesa com os fiscais, onde está a urna. O envelope é depositado e o eleitor encerra o processo.