CFO do Twitter: banimento de Trump é permanente, mesmo com nova candidatura

Ex-presidente dos Estados Unidos teve a conta na rede social banida por desrespeitar políticas internas da plataforma

Brian Fung, do CNN Business
Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não participará de debate virtual
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, enfrenta processo de impeachment  • Foto: Casa Branca - 7.out.2020/Reuters
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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não terá permissão de voltar a ter uma conta no Twitter mesmo que ele se candidate novamente e vença, de acordo com o CFO (diretor financeiro) da companhia.

Perguntado durante uma entrevista para o canal CNBC na última quarta-feira (10), se os privilégios de poder postar novamente poderiam ser restaurados caso ele vencesse novamente as eleições para a presidência, o CFO Ned Segal esclareceu que o banimento de Trump é permanente.

“Nossa política interna funciona de tal modo que, quando você é removido da plataforma, você é removido da plataforma”, disse. “Seja você um comentarista, um CFO, ou um ex-representante público. Lembre-se, nossas políticas internas são designadas para garantir que as pessoas não incitem a violência e, caso alguém faça isso, nós temos que removê-los do nosso serviço e nossas políticas internas não autorizam o retorno”.

A declaração foi feita em meio ao julgamento de impeachment de Trump no Congresso. Caso seja absolvido, Trump não será impedido de buscar a presidência ou outro cargo federal.

O Twitter tomou a medida sem precedentes de banir Trump no mês passado, depois que alguns de seus apoiadores invadiram o Capitólio dos Estados Unidos. À época, o Twitter disse que estava suspendendo Trump permanentemente “devido ao risco de mais incitamento à violência.

 

Na época da aplicação das medidas mais rígidas, o Twitter já havia bloqueado temporariamente a conta de Trump após vários tweets que, segundo a rede social, contribuíram para um risco elevado de violência.

A decisão do Twitter de banir Trump vem em meio às ações de outras empresas de tecnologia contra as contas do ex-presidente, incluindo a decisão do Facebook de proibir “indefinidamente” Trump de criar postagens e a decisão do YouTube de iniciar a emissão de penalidades ao canal de vídeos do ex-presidente.

(Texto traduzido. Leia o original em inglês)