Coreia do Norte condena plano dos EUA de enviar bombas de fragmentação à Ucrânia: "Criminoso"

Pyongyang disse ainda que a decisão dos norte-americanos pode levar mundo a uma nova calamidade e exigiu que o fornecimento fosse cancelado

Jack Kim, da Reuters
O líder norte-coreano Kim Jong Un
O líder norte-coreano Kim Jong Un falando em Pyongyang, Coreia do Norte, em uma foto sem data divulgada em 18 de outubro pela estatal Agência Central de Notícias da Coreia.  • KCNA/Reuters
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A Coreia do Norte condenou na terça-feira (11) a decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de enviar bombas de fragmentação para a Ucrânia como um "ato criminoso" e exigiu a retirada imediata do plano.

O fato de Biden ter admitido que foi uma decisão difícil mostra que ele estava ciente das consequências desastrosas do uso de bombas de fragmentação, disse a ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui, em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial KCNA.

"Condeno veementemente a decisão dos EUA de fornecer armas de destruição em massa à Ucrânia como um ato criminoso perigoso, uma vez que tenta levar o mundo a uma nova calamidade, e exijo que seja retirado imediatamente", afirmou ela.

A reclusa Coreia do Norte tem buscado laços mais estreitos com o Kremlin e apoiou Moscou depois da invasão da Ucrânia em fevereiro do ano passado.

Os Estados Unidos anunciaram na semana passada que enviarão à Ucrânia as controversas armas - proibidas por mais de 100 países - como parte de um pacote de segurança de 800 milhões de dólares.

A Ucrânia disse que a decisão dos EUA ajudará a liberar o território ucraniano, mas prometeu que as munições não seriam usadas na Rússia.