Dois jornalistas são queimados vivos por grupo criminoso no Haiti
Rádio haitiana aponta que um deles, John Amady, foi morto em trabalho, ao cobrir a falta de segurança na capital do país, Porto Príncipe


Dois jornalistas haitianos foram queimados vivos por um grupo criminoso em Porto Príncipe na quinta-feira (6), disse uma fonte das Forças de Segurança do Haiti à CNN.
A fonte disse que a gangue Ti Makak executou os assassinatos no bairro Petion-Ville da capital do Haiti. O motivo e os detalhes do ataque permanecem obscuros, disse a fonte.
Um terceiro jornalista conseguiu escapar, acrescentou a fonte.
A rádio haitiana Écoute FM confirmou que um de seus jornalistas, John Wesley Amady, foi morto no ataque enquanto estava em missão para documentar a falta de segurança em Petion-Ville.
Em um comunicado à CNN na quinta-feira, o meio de comunicação disse que Amady foi “baleado e queimado vivo por bandidos armados”.
“Condenamos com o máximo rigor este ato criminoso e bárbaro”, disse a rádio, chamando a morte do jornalista de “grave atentado”.
A Écoute FM suspendeu as operações “em sinal de solidariedade para com a família da vítima”, disse o comunicado do veículo de imprensa.
Os ataques têm como pano de fundo a violência extrema e a deterioração das condições de segurança em Porto Príncipe.
A capital do Haiti sofre com grupos rivais lutando uns contra os outros e com a polícia. O efeito desse conflito tem sido o deslocamento de dezenas de milhares de haitianos pelo país, um dos mais pobres das Américas.
Em julho do ano passado, o presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi assassinado durante um ataque a sua residência, deixando um vácuo de poder que aprofundou a turbulência causada pela violência, a crescente crise humanitária do Haiti e a pandemia de Covid-19.
Os Estados Unidos prenderam na terça-feira (4) um homem colombiano por seu suposto envolvimento no assassinato de Jovenel.