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    Entendimento entre Israel e Irã é difícil, mas possível, diz Putin

    CNN Brasil foi o único veículo de imprensa das Américas presente no encontro com o líder russo

    Daniel Rittnerda CNN , em Moscou, Rússia

    Vladimir Putin, presidente da Rússia, afirmou nesta sexta-feira (18) que a Rússia espera que a troca de ataques entre Israel e Irã pare em algum momento, destacando que um entendimento entre os dois países é difícil, mas possível.

    “Estamos em contato com Israel, estamos em contato com o Irã. Temos relações de bastante confiança. E gostaríamos muito que essa troca de golpes parasse em algum momento”, disse Putin.

    Ele abordou ainda que é preciso encontrar uma solução “que possa ser satisfatória para os dois lados”.

    Em seguida, o líder russo ponderou que “entendimentos” nessa situação são possíveis, “não importa o quão difícil isso seja”.

    A CNN Brasil foi o único veículo de imprensa das Américas presente no encontro com o líder russo.

    Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

    ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.

    São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

    Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.

    O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

    As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

    No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

    Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.

    Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

    Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.

    Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

    O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.

     

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