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    Equador inicia audiência de impeachment contra Guillermo Lasso

    Assembleia abriu os trabalhos nesta terça-feira e a votação final está prevista para acontecer no sábado; presidente é acusado de ignorar denúncias de peculato em contrato de companhia estatal 

    Alexandra Valenciada Reuters , Quito

    A Assembleia Nacional do Equador iniciou nesta terça-feira (16) uma audiência de impeachment contra o presidente Guillermo Lasso, embora o processo para removê-lo do cargo tenha aumentado a probabilidade de ele dissolver a Legislatura para evitar uma votação final sobre a destituição.

    São necessários 92 votos da Assembleia de 137 membros para remover Lasso, que, segundo políticos da oposição, desconsiderou as advertências de peculato relacionadas a um contrato da empresa estatal de transporte de petróleo Flopec.

    Lasso nega a acusação, dizendo que seu governo fez alterações em um contrato – assinado anos antes de ele assumir o cargo — para beneficiar o Estado, a conselho da Controladoria-Geral do Equador.

    A oposição, incluindo membros do partido do ex-presidente Rafael Correa — ele mesmo acusado de corrupção — foi revigorada após a reeleição de Virgilio Saquicela como presidente da Assembleia Nacional, no domingo.

    Dois parlamentares da oposição apresentarão o caso contra Lasso, que poderá se defender posteriormente. A votação final está prevista para ocorrer no sábado.

    Para evitar o impeachment, Lasso poderia recorrer à chamada “morte de mão dupla”, uma peculiaridade constitucional que permite que os presidentes equatorianos convoquem eleições antecipadas tanto para seu cargo quanto para a Assembleia Nacional sob certas circunstâncias, como quando o Legislativo bloqueia o funcionamento de governo.

    “Essa opção sempre foi considerada e está disponível, e a decisão cabe ao presidente”, disse Juan Pablo Ortiz, secretário jurídico da Presidência, a um meio de comunicação digital local.

    Se Lasso for afastado do cargo, será substituído pelo vice-presidente Alfredo Borrero. Caso o presidente opte por dissolver a Assembleia, ele governará com leis emitidas por decreto até que novas eleições sejam convocadas, de acordo com a Constituição do Equador.

    O tribunal eleitoral do Equador deve decidir sobre uma data para novas eleições dentro de sete dias após a dissolução da Assembleia.

    A Casa votou pela continuação do processo de impeachment na última terça-feira com 88 votos a favor dos 116 parlamentares presentes.

    Alguns parlamentares disseram que qualquer dissolução seria inconstitucional e se recusariam a cumpri-la. O governo e seus aliados questionam a legalidade do processo de impeachment.

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