EUA prometem mais vistos para cubanos e haitianos na Cúpula das Américas
Compromisso inclui cerca de 1,569 bilhão de reais em apoio a imigrantes venezuelanos em diversos países
O governo dos Estados Unidos gastará 314 milhões de dólares, cerca de 1,569 bilhão de reais, para apoiar imigrantes venezuelanos em diversos países e reiniciar programas que permitam que alguns cubanos e haitianos se reúnam com membros de suas famílias nos Estados Unidos, anunciaram agências dos EUA nesta sexta-feira (10).
O anúncio foi parte de um impulso na Cúpula das Américas, realizada em Los Angeles, para enfrentar os desafios da imigração, particularmente nos Estados Unidos, onde o número de imigrantes que chegam à fronteira EUA-México atingiu níveis recordes.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros líderes presentes na cúpula deverão emitir uma declaração conjunta nesta sexta-feira em que prometem uma abordagem mais cooperativa em relação à imigração.
Biden, um democrata, tem procurado enquadrar a imigração como um desafio em todo o continente, e não como uma questão exclusiva da fronteira dos EUA com o México.
Os republicanos, que pretendem recuperar o controle do Congresso dos EUA nas eleições legislativas de novembro, criticaram duramente Biden por reverter algumas das políticas restritivas de seu antecessor republicano, Donald Trump, e buscam enquadrar a situação na fronteira como uma crise.
Na cúpula, o governo Biden apelou aos demais países das Américas para fortalecerem a proteção aos imigrantes, mas também para reforçar as fronteiras e deportar pessoas que não se qualificam para asilo.
Um alto funcionário norte-americano disse a repórteres na cúpula, na noite de quinta-feira, que os Estados Unidos e outros países estabeleceriam “compromissos concretos” e “esperam que todos os países façam sua parte”.
Os Estados Unidos anunciaram vários programas destinados a aumentar os caminhos de migração legal e apoiar os imigrantes no exterior.
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Joe Biden na abertura da Cúpula das Américas, em Los Angeles • Anna Moneymaker/Getty Images
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Presidente do Panamá, Laurentino Cortizo, discursa na Cúpula das Américas • 09/06/2022REUTERS/Daniel Becerril
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Presidente Joe Biden abre Cúpula das Américas • Divulgação/ Summit Americas OAS
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Presidente Joe Biden abre Cúpula das Américas • Divulgação/ Summit Americas OAS
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Secretário especial para o clima dos EUA, John Kerry • Anna Moneymaker/Getty Images
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Presidente Jair Bolsonaro com o presidente do Equador Guillermo Lasso na abertura das plenárias da Cúpula das Américas • Mario Tama/Getty Images
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Presidente Jair Bolsonaro chega na abertura das plenárias da Cúpula das Américas em Los Angeles
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Presidente Jair Bolsonaro discursa na Cúpula das Américas • Alan Santos
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Joe Biden e demais presidentes na foto oficial de fechamento da Cúpula das Américas • Anna Moneymaker/Getty Images
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Os presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, Joe Biden, dos Estados Unidos, e Iván Duque, da Colômbia, conversam na Cúpula das Américas • Anna Moneymaker/Getty Images
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Joe Biden comemora, ao lado de outros presidentes, o fim da Cúpula das Américas • Anna Moneymaker/Getty Images
As promessas incluem o reforço da contratação de trabalhadores temporários da América Central pelos Estados Unidos.
O compromisso de financiamento dos EUA para apoiar os imigrantes venezuelanos incluirá 171 milhões de dólares (cerca de 854 milhões de reais) em ajuda humanitária e alimentos de emergência para imigrantes e refugiados venezuelanos no Brasil, Colômbia, Equador e Peru, informou na sexta-feira o Departamento de Estado dos EUA.
O governo Biden também reiniciará programas que permitem que alguns cidadãos norte-americanos e residentes permanentes se candidatem para trazer seus parentes de Cuba e Haiti para os Estados Unidos através de um status temporário conhecido como condicional humanitária, disse o Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
Apesar de o governo Biden considerar a cúpula desta semana uma grande oportunidade para alcançar acordos regionais sobre imigração, os líderes do México e de outros países que enviam muitos imigrantes para os EUA não compareceram, levantando dúvidas sobre a eficácia de qualquer declaração conjunta.