EUA rejeitam comparação de Bukele com regimes ditatoriais

Reação surge depois que o Congresso de El Salvador aprovou uma reforma constitucional que permite reeleição por tempo indeterminado

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O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, D.C., EUA14/04/2025REUTERS/Kevin Lamarque  • Reuters
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O governo dos Estados Unidos rejeitou comparar o processo legislativo em El Salvador, que permitiu a reeleição irrestrita e abriu caminho para novos mandatos para o presidente Nayib Bukele, a "regimes ditatoriais ilegítimos".

A posição dos EUA surge depois que a Assembleia Legislativa de El Salvador aprovou reformas constitucionais na semana passada, permitindo assim que Bukele, o atual presidente do país centro-americano, busque um terceiro mandato ou mais.

O projeto deve modificar drasticamente a Constituição do país e abre caminho para um novo mandato de Bukele.

A medida da Assembleia Legislativa, dominada pelo partido governista, foi duramente criticada por ONGs regionais e salvadorenhas, que a descreveram como uma decisão adaptada à reeleição indefinida de Bukele.

A mudança deve impactar Bukele, que venceu uma disputa de reeleição polêmica em 2024. Com a medida, o mandato do atual presidente deve ser encurtado para terminar em 2027, antecipando novas eleições.