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    Guerra na Ucrânia chega ao nono mês com impasse praticamente garantido no inverno

    Início do frio intenso apresenta três cenários distintos, mas o mais provável é que o conflito continue se prolongando

    Américo Martinsda CNN

    A Guerra na Ucrânia chegou nesta quinta-feira (24) ao nono mês, com o exército russo bombardeando dezenas de locais – especialmente a infraestrutura civil do país vizinho.

    Os ataques às estações de energia deixaram milhões de ucranianos sem eletricidade e gás para aquecer suas casas. Pelo menos um quarto da capital, Kiev, continua sem luz.

    Os russos estão claramente usando o frio como uma arma nesta guerra. O objetivo deles é exaurir o povo ucraniano e suas forças armadas, tentando ganhar tempo durante o inverno para treinar seus novos recrutas e reservistas e rearmar o seu exército.

    Caso sejam bem sucedidos, os militares russos esperam voltar com mais força no início da primavera para tentar ganhar o conflito militarmente e impor condições favoráveis para um possível acordo diplomático.

    Este primeiro cenário, no entanto, não parece ser o mais provável no futuro da guerra. Os russos sofrem com as represálias ocidentais e têm dificuldades para produzir armamento na quantidade necessária para o esforço de guerra ser bem sucedido. Além disso, a moral de suas tropas continua baixa.

    O segundo cenário seria um avanço maior das forças ucranianas, retomando outras partes do país ocupadas pelo inimigo. Num cenário otimista, eles empurrariam o exército de Moscou para muito perto da fronteira e chegariam pela primeira vez à Crimeia.

    Apesar das recentes vitórias, especialmente com a retomada da importante cidade de Kherson, dificilmente os ucranianos conseguirão manter uma ofensiva tão fulminante durante o rigoroso inverno.

    Resta então o cenário mais provável: com o inverno, a guerra entra num impasse. Os dois lados continuarão defendendo suas posições e a guerra seguirá sangrenta.

    Sem forças para retomar terreno das forças ucranianas, os russos continuarão bombardeando posições militares e objetivos civis em todo o país. E os ucranianos tentarão sobreviver como puderem ao frio.

    O próprio presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reconheceu hoje que este será o pior inverno no país desde a Segunda Guerra Mundial. E o frio ainda está apenas começando.

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