Hezbollah lança foguetes contra Safed, no norte de Israel
Israel diz que atacou quartel-general do Hezbollah em Beirute
O Hezbollah atingiu a cidade de Safed no norte de Israel nesta sexta-feira (27), de acordo com o exército israelense e autoridades locais.
As Forças de Defesa de Israel disseram que o Hezbollah disparou cerca de 30 foguetes, alguns dos quais foram interceptados. Pelo menos dois foguetes atingiram a cidade, de acordo com autoridades municipais de Safed.
Os serviços de resgate israelenses disseram que quatro equipes estavam trabalhando para apagar os incêndios causados pelos ataques. Não houve relatos imediatos de vítimas, mas os primeiros socorristas ainda estavam procurando por qualquer pessoa que pudesse ter ficado presa.
O Hezbollah assumiu a responsabilidade pelos ataques, dizendo que eles estavam em apoio ao “povo palestino na Faixa de Gaza”, bem como “em defesa do Líbano e seu povo”.
Entenda o conflito entre Israel e Hezbollah
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões do Líbano nos últimos dias. Na segunda-feira (23), o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
Além disso, uma incursão terrestre não foi descartada.
O Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. O governo brasileiro também avalia uma possível missão de resgate.