Justiça da Argentina confisca 20 propriedades de Cristina Kirchner
Medida faz parte de sua condenação por fraude em um esquema de obras públicas, conhecido como o escândalo dos "Cadernos"

Um tribunal da Argentina ordenou o confisco de 20 propriedades pertencentes à ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner e sua família.
A medida faz parte de sua condenação por fraude em um esquema de obras públicas, informou a mídia local nesta terça-feira (18).
Kirchner, uma figura controversa de esquerda que cumpriu dois mandatos presidenciais de 2007 a 2015, além de passagens como vice-presidente, senadora e primeira-dama.
Ela está em prisão domiciliar desde junho, após a condenação. No início deste mês, ela voltou a ser julgada por acusações de suborno em um caso separado.
O caso de corrupção de grande repercussão — conhecido como o escândalo dos "Cadernos" — acusa Fernández e outros 86 ex-funcionários de participarem de uma rede ilícita que supostamente recebia subornos de empresários em troca de contratos governamentais lucrativos. Ela nega as acusações.
O caso veio à tona em 2018, após a divulgação de cadernos mantidos pelo motorista de uma ex-funcionária, detalhando supostas entregas de dinheiro e reuniões.
Testemunhas apontaram tanto Fernández quanto seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner , que governou de 2003 a 2007, como figuras centrais no esquema.
Entre os réus estão ex-ministros e executivos de grandes empresas dos setores de construção, energia e transporte.
Vários líderes empresariais testemunharam como "arrependidos" em troca de anistia judicial, revelando um sistema de propinas supostamente usado para financiar o movimento peronista.


