Líderes globais relembram o 11 de Setembro nos 20 anos do atentado
Ex-presidentes dos Estados Unidos e líderes de outros países publicaram mensagens de memória e condolências às vítimas e familiares neste sábado

Os 20 anos do atentado de 11 de Setembro, lembrados neste sábado (11) em todo o mundo, geraram diversas manifestações públicas de líderes dos Estados Unidos e de outras nações.
Quase 3.000 pessoas morreram nos ataques em Nova York, no Pentágono e na Pensilvânia, onde passageiros do voo 93 da United enfrentaram os sequestradores e o avião caiu em um campo, evitando que outro alvo fosse atingido.
O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu por união nacional em um discurso, previamente gravado na Casa Branca, na noite de sexta-feira (10).
Biden homenageou as vítimas dos ataques e as milhares outras feridas, assim como bombeiros, enfermeiras e outros que arriscaram ou deram suas vidas durante as operações de resgate subsequentes e no caminho pela recuperação nacional.
Ele também reconheceu “as forças mais obscuras da natureza humana – medo, raiva, ressentimento e violência contra comunidades islâmicas, verdadeiros seguidores de uma religião pacífica”, que, segundo ele, dobrou, mas não quebrou, a união dos EUA.
Biden não fará novo discurso no dia que marca os 20 anos do atentado, pois visitará cada uma das três localidades atingidas por aviões sequestrados por integrantes da Al Qaeda.
O presidente americano começou o dia em Nova York, onde participou de uma cerimônia no local onde estavam as torres gêmeas do World Trade Center antes de serem atingidas pelos aviões. Ele e os ex-presidentes Bill Clinton e Barack Obama e a multidão fizeram um momento de silêncio às 8h46 para marcar a hora em que o primeiro avião atingiu um dos edifícios.
Nas redes, os ex-presidentes também escreveram mensagens sobre a data.
"A América jamais irá esquecer aqueles que perderam, arriscaram ou deram suas próprias vidas para salvar outras, e aqueles cujas vidas mudaram para sempre há 20 anos. Nós devemos a todos união, esperança, compaixão e determinação", tuitou Bill Clinton.
Barack Obama afirmou que, para ele e Michelle Obama, as memórias daquele dia não são apenas o desabamento das torres, mas o esforço dos bombeiros e a quantidade de voluntários que apareceram para ajudar nas buscas.
“São os bombeiros subindo as escadas enquanto outros descem. Os passageiros decidindo invadir uma cabine, sabendo que poderia ser seu ato final. Os voluntários que compareceram aos escritórios de recrutamento em todo o país nos dias que se seguiram, dispostos a colocar suas vidas em risco”, escreveu o ex-presidente.
“Reafirmamos nosso compromisso de manter uma confiança sagrada com suas famílias – incluindo as crianças que perderam os pais e que demonstraram uma resiliência extraordinária”, disse Obama.
“Mas este aniversário também é para refletir sobre o que aprendemos nos 20 anos desde aquela terrível manhã”, continuou.
Obama citou militares e a determinação das forças americanas na intenção de caçar Osama Bin Laden, líder da Al Qaeda que foi morto em 2011, quando ele ainda era presidente.
O ex-presidente George W. Bush, que liderava o país na época, compareceu à cerimônia em Shanksville, Pensilvânia, onde caiu o voo 93. Joe Biden deve se juntar a ele e à vice-presidente Kamala Harris em breve.
Em sua fala, ele afirmou que “as ações dos inimigos revelaram o espírito do povo americano” ao relembrar a série de ataques.
Os passageiros do avião da America Airlines conseguiram lutar contra os terroristas que haviam tomado o voo, e ele foi desviado do alvo original – provavelmente o Capitólio ou a Casa Branca –, caindo em um campo aberto na cidade de Shanksville.
O ex-presidente Donald Trump não está presente na cerimônia. Segundo uma fonte da CNN, Trump visitará alguns dos locais do 11/9 e gravou um vídeo para ser reproduzido no evento de oração “Let Us Worship”, no Memorial Nacional.
Memórias globais
Entre os líderes globais que publicaram mensagens – a maioria deles do Ocidente –, a rainha Elizabeth II foi uma a escrever uma declaração de condolências em respeito às vítimas e sobreviventes do atentado.
"Meus pensamentos e orações – e os de minha família e toda a nação – estão com as vítimas, sobreviventes e famílias afetadas. assim como com os trabalhadores de resgate que foram convocados", afirmou em comunicado dirigido a Biden.
A rainha também lembrou-se de quando visitou o monumento do marco zero, em Nova York. "O monumento me lembrou que enquanto nós honramos as pessoas de muitas nações, fés e históricos que perderam suas vidas, nós também prestamos tributo à resiliência e determinação das comunidades que se uniram para se reconstruírem".
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, publicou uma mensagem afirmando que, há 20 anos, a data do 11 de Setembro passou a ser marcada como "um dia de infâmia". "Enquanto terroristas impuseram seu objetivo de causar luto e sofrimento,
O presidente da França, Emmanuel Macron, publicou também no Twitter um vídeo com a bandeira americana. "Nós nunca nos esqueceremos. Nós sempre iremos lutar por liberdade", diz a mensagem.
Especial
A CNN Brasil apresentou uma programação especial neste sábado, 11/09, em transmissão simultânea com a CNN americana e com correspondentes espalhados pelos Estados Unidos, em homenagem às vítimas do atentado que completa 20 anos. Confira:
*Com informações de Rafaela Lara, da CNN, e da Reuters