Líderes mundiais celebram o acordo de cessar-fogo em Gaza

Israel e Hamas concordaram com troca de reféns israelenses e prisioneiros palestinos em plano proposto pelo presidente dos EUA

Helen Regan, Anna Chernova e Sophie Tanno, da CNN
Fumaça no centro de Gaza em meio a fuga de palestinos saindo do norte 24/9/2025  • REUTERS/Dawoud Abu Alkas
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Israel e o grupo Hamas concordaram com a troca de reféns israelenses e prisioneiros palestinos, na quarta-feira (8), como um primeiro passo de um plano de cessar-fogo para a Faixa de Gaza, proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Líderes mundiais celebraram a primeira fase do acordo em declarações. Leia abaixo:

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a União Europeia "continuará a apoiar a entrega rápida e segura de ajuda humanitária a Gaza. E, quando chegar a hora, estaremos prontos para ajudar na recuperação e reconstrução".

A chefe de política externa do bloco, Kaja Kallas, falou que o acordo "marca um avanço significativo" e "uma oportunidade real de pôr fim a uma guerra devastadora e libertar todos os reféns".

O presidente Emmanuel Macron apelou a todas as partes para que "respeitem rigorosamente" os termos do acordo.

"Este acordo deve marcar o fim da guerra e o início de uma solução política baseada na solução de dois Estados. A França está pronta para contribuir para este objetivo".

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, disse que os primeiros passos do acordo entre Israel e o Hamas são "encorajadores" e oferecem "uma nova esperança — para os reféns e suas famílias, para o povo de Gaza e para toda a região".

Ele declarou que o país apela a "todas as partes para cumprirem suas promessas, acabem com a guerra e abram caminho para uma paz duradoura".

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, classificou o acordo como uma "notícia extraordinária" e "uma oportunidade única para pôr fim a este conflito, que deve ser absolutamente aproveitada".

Já o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, afirmou que o país está pronto para enviar tropas caso sejam necessárias forças de paz.

Na Holanda, o primeiro-ministro Dick Schoof publicou na rede social X que o acordo "poderia potencialmente pôr fim ao sofrimento de tantos: os reféns e suas famílias, e a população de Gaza".

Schoof afirmou que o plano "deve ser um passo em direção a uma paz sustentável e justa".

O primeiro-ministro da Irlanda, Micheál Martin, saudou o acordo no X e instou "todas as partes a cumprirem integralmente este cessar-fogo, a libertarem todos os reféns e a enviarem imediatamente ajuda humanitária ao povo da Palestina".

No Reino Unido, o primeiro-ministro Keir Starmer disse que "este é um momento de profundo alívio que será sentido em todo o mundo, mas particularmente pelos reféns, suas famílias e pela população civil de Gaza, que suportou um sofrimento inimaginável nos últimos dois anos", segundo a Associação de Imprensa Britânica.

O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, estendeu seus "agradecimentos especiais" ao presidente Donald Trump, que, segundo ele, "demonstrou a vontade política necessária para encorajar o governo israelense a alcançar o cessar-fogo".

Erdogan falou em uma publicação no X que a Turquia, que estava entre os mediadores envolvidos, "monitorará de perto a implementação meticulosa do acordo" e "continuará nossa luta até que um Estado palestino seja estabelecido".

No Canadá, o primeiro-ministro Mark Carney parabenizou Trump pela liderança essencial e agradeceu "ao Catar, Egito e Turquia por seu trabalho incansável em apoio às negociações".

"Estou aliviado que os reféns em breve se reunirão com suas famílias", disse ele.

Na Rússia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que "certamente apoia esses esforços", segundo a mídia estatal.

"Esperamos que as assinaturas sejam feitas hoje e que as ações para implementar os acordos sejam implementadas", falou ele.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse esperar que a libertação dos reféns e o aumento da assistência humanitária à população de Gaza tragam alívio e abram caminho para uma paz duradoura.

No Paquistão, o primeiro-ministro Shehbaz Sharif, disse que o anúncio de um acordo "que põe fim ao genocídio em Gaza é uma oportunidade histórica para garantir uma paz duradoura no Oriente Médio".

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese e a ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, disseram em uma declaração conjunta que "após mais de dois anos de conflito, reféns mantidos e uma perda devastadora de vidas civis, este é um passo muito necessário em direção à paz".

"Instamos todas as partes a respeitarem os termos do plano", acrescentaram.

Na Nova Zelândia, o primeiro-ministro Christopher Luxon, afirmou que o anúncio do presidente Trump "é um momento decisivo em um conflito que já matou muitas pessoas".

“A Nova Zelândia acolhe com satisfação a notícia e espera que esta forneça uma plataforma para uma solução duradoura, onde futuras gerações de israelenses e palestinos vivam em paz e segurança", disse ele.

O presidente da Argentina, Javier Milei, parabenizou seu o líder americano, chamando o acordo de histórico e uma “contribuição extraordinária para a paz internacional”, no X.