María Corina publica manifesto com visão para Venezuela pós-Maduro
A líder da oposição exigiu, nesta terça-feira (18), a responsabilização pelos crimes contra a humanidade cometidos sob o atual regime venezuelano

A líder da oposição da Venezuela e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, María Corina Machado, divulgou um manifesto nesta terça-feira (18) declarando que o país está "no limiar de uma nova era".
Corina também exigiu a responsabilização pelos crimes contra a humanidade cometidos sob o regime de Nicolás Maduro.
"Os gritos dos assassinados, torturados e desaparecidos permanecem sem resposta há muito tempo desde que Maduro assumiu o poder", afirmou Corina.
Em uma mensagem de vídeo que anunciou o "Manifesto da Liberdade", filmada em um local não divulgado, Machado proclamou que "o longo e violento abuso de poder deste regime está chegando ao fim" e que "uma nova Venezuela está emergindo das cinzas".
A líder da oposição, que está escondida há mais de um ano, estruturou sua mensagem em torno dos direitos humanos fundamentais e fez um apelo urgente por atenção internacional para os presos políticos da Venezuela.
Machado vive na clandestinidade desde as controversas eleições de 28 de julho de 2024, que terminaram com a permanência de Maduro no poder, apesar das inúmeras alegações de fraude.
Ela foi forçada a se esconder, e seu companheiro de chapa, Edmundo González Urrutia, exilou-se na Espanha.
As declarações acontecem em meio a tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela.
Na semana passada, Washington enviou o maior porta-aviões do mundo para o Caribe.
Desde o início de setembro, militares americanos efetuaram 21 ataques contra barcos no Pacífico e no Caribe, alegando que as embarcações estavam transportando drogas.
Enquanto Nicolás Maduro diz que a mobilização militar visa derrubar seu regime, a Casa Branca enfatiza o combate ao tráfico de drogas na região do Caribe.


