Membros de grupo religioso são acusados de assassinato de criança na Austrália
Menina de 8 anos morreu em janeiro por falta de cuidados médicos durante um período de cerca de seis dias


As autoridades australianas acusaram 12 membros de um grupo religioso pelo suposto assassinato de uma menina de 8 anos, disse a polícia em comunicado nesta terça-feira (6).
A criança morreu na casa de sua família em Rangeville, no sul de Queensland, na Austrália, em 7 de janeiro, depois de supostamente “ter sido negado tratamento médico por um período de aproximadamente seis dias”, segundo a polícia estadual.
Os serviços de emergência só foram contatados por volta das 17h30 de 8 de janeiro, um dia após sua morte, segundo a polícia.
A atualização eleva o número total de suspeitos acusados de assassinato no caso para 14.
Os pais da menina — uma mulher de 47 anos e um homem de 50 anos — foram acusados em janeiro de “assassinato, tortura e descumprimento das necessidades da vida”, segundo a polícia de Queensland. Sua aparição no tribunal mais recente foi em junho.
A polícia alega que todos os 12 recém acusados de homicídio estiveram presentes durante o período que antecedeu a morte da menina e não procuraram assistência médica, apesar de saberem que ela tinha uma condição de saúde subjacente.
Os 14 suspeitos, com idades entre 19 e 65 anos, “fizeram a escolha de negar a essa jovem seu direito a cuidados médicos”, disse o superintendente interino regional Garry Watts no comunicado.
Ele acrescentou que as acusações foram o culminar de uma investigação policial “sem precedentes” de seis meses.
Os acusados estão detidos e devem comparecer ao tribunal no dia 6 de julho.