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    Ministério Público peruano reintegra chefe da equipe especial do caso Lava Jato

    Rafael Vela Barba tinha sido suspenso das suas funções pelo período de 8 meses e 15 dias, sem remuneração

    Andy Ortizda CNN

    O Ministério Público do Peru determinou a reintegração do advogado Rafael Vela Barba como coordenador da Equipe Especial para Crimes de Lavagem de Dinheiro e Perda de Domínio (conhecida como Equipe Especial Lava Jato), conforme publicado nesta quarta-feira (27) na seção Normas Legais do jornal oficial El Peruano.

    Vela tinha sido suspenso das suas funções pelo período de 8 meses e 15 dias, sem remuneração, após ordem da Autoridade Nacional de Controle do Ministério Público (ANC-MP).

    A entidade justificou a sanção devido às declarações do procurador, que criticou a decisão do Judiciário, em 2020, de libertar a ex-candidata presidencial e líder do partido Fuerza Popular, Keiko Fujimori.

    Ela estava em prisão preventiva no âmbito das investigações fiscais contra ela por supostamente ter recebido contribuições de campanha da empresa brasileira Odebrecht, acusações negadas por Fujimori Higuchi.

    Diante disso, o promotor Vela entrou com uma medida cautelar perante a Primeira Câmara Constitucional do Superior Tribunal de Justiça de Lima, que declarou justificado seu pedido de adiamento provisório de sua suspensão.

    Na resolução publicada nesta quarta-feira, que foi assinada pelo Procurador-Geral da República, Juan Carlos Villena, é dito que os efeitos das resoluções da ANC-MP estão temporariamente suspensos até que o caso contra Vela seja definitivamente resolvido.

    Além disso, fica estabelecido que o procurador deve ser reintegrado provisoriamente aos cargos que ocupava antes da aplicação da sanção, como coordenador da Procuradoria Especial do Crime de Lavagem de Dinheiro e Coordenador da Equipe Especial de Promotores.

    A CNN contatou Vela para comentar esta decisão e aguarda resposta.

    À época, após a sanção, em novembro de 2023, e em conversa com a CNN, o procurador Vela denunciou que existia uma rede criminosa que procurava desqualificar, através de órgãos de controle interno, os procuradores que lidam com “casos desconfortáveis” e lavagem de dinheiro.

    As equipes lideradas por Vela trabalharam em casos envolvendo a presidente Dina Boluarte, os ex-presidentes Alejandro Toledo, Martín Vizcarra, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski, entre outros.

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