Pelo menos 126 ativistas foram assassinados na América Latina em 2023
Comissão Interamericana de Direitos Humanos expressou preocupação com os “elevados índices de violência” na região
Pelo menos 126 ativistas ambientais e de direitos humanos foram assassinados na América Latina em 2023, segundo dados da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), divulgados nesta terça-feira (5), igualando ao número do ano anterior.
A instituição da OEA expressou preocupação com os “elevados índices de violência” contra ativistas na região, onde este grupo sofreu 54 assassinatos nos últimos três meses do ano.
“Como em anos anteriores, essa violência foi especialmente dirigida aos que defendem o meio ambiente e território e a lideranças indígenas e afrodescendentes”, disse a comissão em um comunicado.
O país mais afetado foi a Colômbia, local onde os assassinatos de ativistas ambientais e de direitos humanos subiram para 34 no ano passado, contra 26 registrados pela instituição no relatório de 2022.
O próximo país mais letal para ativistas foi o Brasil, com 10 casos naquele período.
Em um relatório separado, o Repórteres Sem Fronteiras (RSF) informou que seis jornalistas foram assassinados em 2023 na América Latina. O México foi o segundo país mais perigoso do mundo para esses profissionais, com quatro jornalistas assassinados, atrás apenas da região da Palestina.