Temperatura da superfície do oceano volta a bater níveis recordes
Superfície das águas atingiu os 21,1 °C no domingo; essa é a temperatura recorde e já havia sido atingida em abril
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Aumento das ocorrências de mudanças climáticas devido a ação do homem vem causando danos e eventos climáticos extremos • BC Wildfire Service/Reuters
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Agentes da Defesa Civil em ação conjunta com equipes de resgate no entorno das casas da Vila Sahy, em São Sebastião, após fortes chuvas em fevereiro de 2023 • Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo
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Trabalhadores usam máquinas para reabrir a galeria pluvial que foi afetada na rodovia Rio-Santos (SP-55), em São Sebastião, após fortes chuvas no litoral de São Paulo • Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo
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Rastro de destruição causado pelas fortes chuvas, no bairro do Itatinga, região central de São Sebastião, em fevereiro de 2023 • Baltazar/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Incêndios no Canadá impactam em diversas regiões do mundo em julho de 2023 • Handout/Anadolu Agency via Getty Images
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Fumaça ascende com incêndio em floresta no Quebec, Canadá • 12/06/2023Cpl Marc-Andre Leclerc/Canadian Forces/Handout via REUTERS
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Floresta destruída pelo fogo na província de Nova Scotia, no Canadá • Erin Clark/The Boston Globe via Getty Images
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Fumaça de queimadas no Canadá afeta qualidade do ar na cidade de Nova York, no final de junho de 2023 • Fatih Aktas/Anadolu Agency via Getty Images
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Região afetada pelo ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul em julho de 2023 • Reprodução/Paulo Pimenta
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Ciclone extratropical danificou casas e galpões no Rio Grande do Sul em julho de 2023 • Defesa Civil/RS
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Imagem de destruição em Concórdia, em Santa Catarina, após passagem de ciclone em julho de 2023 • Defesa Civil
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Turistas se refrescam em uma fonte em frente ao Panteão em Roma, Itália, em 14 de julho de 2023; Europa registrou recorde de calor • Riccardo De Luca/Anadolu Agency via Getty Images
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Seca provocou queda nos níveis de reservatório de água na Inglaterra • Christopher Furlong/Getty Images
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Vista aérea mostra barco encalhado na represa La Boca devido a uma seca no norte do México, em Santiago • 08/08/2022REUTERS/Daniel Becerril
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Caminhão passa por ponte em cima do reservatório de água Canelón Grande em meio a seca histórica no Uruguai, em maio de 2023 • 18/05/2023 REUTERS/Mariana Greif
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Carro submerso em rua alagada por enchente no Kentucky • 28/07/2022Pat McDonogh/USA TODAY NETWORK via REUTERS
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Homem observa seu carro preso na enchente no Kentucky, Estados Unidos • USA Today via Reuters
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Projeto captura retrato aéreo de mais de 50 geleiras dos Alpes do Sul da Nova Zelândia em uma época semelhante a cada ano para rastrear como elas mudam • NIWA
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Rio Yamuna, afluente do Ganges, atingiu o maior nível de sua história, inundando várias regiões • Money Sharma/AFP/Getty Images
A temperatura da superfície do oceano voltou a bater níveis recordes, segundo o Climate Reanalyzer da Universidade do Maine, que usa dados dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos EUA.
No domingo (27), a superfície média das águas registrou 21,1 °C, patamar estabelecido há cerca de quinze dias. Essa é a temperatura recorde, registrada pela primeira vez em 1º de abril deste ano.
Segundo o professor Alexander Turra, do Instituto de Oceanografia (IO) da Universidade de São Paulo (USP), é preocupante que ocorra picos de temperatura, principalmente nesta época do ano, em que é esperado um resfriamento das águas.
A tendência de elevação nas temperaturas do oceano ocorre quando as águas do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul são expostas à luz solar de forma homogênea — entre março e abril.
O professor explica que o oceano tem o papel de atenuar o efeito estufa recebendo o calor da atmosfera e distribuindo nas imensas porções de água pelas correntes marítimas.
“Com o aquecimento do oceano, ele perde a capacidade de assimilar o gás carbônico, que é um dos gases estufa: é um fenômeno que se retroalimenta e tende a se intensificar na medida em que a terra e o oceano aquecem”, afirma.
O oceano regula o clima do planeta, inclusive a precipitação, e, com o aquecimento das águas, os impactos podem ser desde a insegurança energética até eventos climáticos extremos. Mesmo quem mora longe do mar poderá ter o acesso à água e energia afetado, por exemplo. Turra também destaca os impactos na biodiversidade que pode levar a efeitos negativos na pesca.
“Temos que parar de emitir gases de efeito estufa, diminuindo a dependência de combustíveis fósseis, além de combater o desmatamento. E, ao mesmo tempo, é necessário criar sumidouros para sequestrar o carbono da atmosfera”, afirma Turra.
Segundo o professor, o Brasil é o país com o maior potencial de criar florestas no mundo e pode ser, inclusive, uma potência mundial na negociação de carbono.