União Europeia rejeita reconhecer Talibã, mas define condições para negociações
Chefe de política externa do bloco afirmou que relações são de "compromisso operacional" em consideração ao povo afegão
A União Europeia se envolverá com o Talibã, sujeito a condições estritas, mas isso não significa que o bloco está reconhecendo um novo governo afegão, disse o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, nesta sexta-feira (03).
“Para apoiar a população afegã, teremos que nos envolver com o novo governo do Afeganistão, o que não significa reconhecimento. É um compromisso operacional”, disse ele em entrevista coletiva.
Borrell disse que esse engajamento aumentaria dependendo do comportamento do governo, com o Afeganistão não servindo como “base para a exportação do terrorismo para outros países” e respeitando os direitos humanos, o estado de direito e a mídia.
O Afeganistão também teria que formar um governo de transição inclusivo e representativo, permitir acesso gratuito à ajuda humanitária e permitir que cidadãos estrangeiros e afegãos em risco deixem o país.