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    Waack: Os horizontes de Lula no cenário internacional

    São amplos os horizontes e ambiciosas as pretensões do presidente, o problema é começar arrumando a casa

    William Waack

    Lula acaba de descobrir quanto vale a palavra do amigo ditador da Venezuela, Nicolás Maduro: nada.

    O presidente brasileiro pediu bom senso ao mandatário venezuelano na questão da anexação de um pedaço da vizinha Guiana por parte da Venezuela. Colheu tudo o que o Brasil não precisava, uma tremenda confusão junto das nossas já vulneráveis fronteiras.

    Não foi por falta de aviso. Lula já havia se empenhado em mudar a governança do mundo — leia-se como os países se relacionam entre si — agora que assumiu a presidência rotativa do G20, mas está com enormes dificuldades para arrumar até mesmo os arredores de casa, considerando que a América do Sul é casa para nós.

    Uma eleição que ele tentou dirigir na Argentina tornou muito duvidoso um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Acordo que, sozinho, Lula já tinha tornado muito difícil.

    O presidente brasileiro também pensa em entrar no cartel de combustível fóssil, a Opep+, como forma de acelerar o fim desses combustíveis, que no Brasil recebem mais incentivos e investimentos do que energia limpa.

    De fato, são amplos os horizontes e ambiciosas as pretensões do presidente brasileiro. O problema é começar arrumando a casa.

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