Secretário da Educação não descarta novo fechamento das escolas no Rio

As atividades presenciais voltam a acontecer a partir desta quarta-feira (24) nas 38 unidades listadas como aptas pela prefeitura

Lucas Janone, da CNN, no Rio de Janeiro
Sala de aula com distanciamento social no RJ
Sala de aula com distanciamento social no RJ  • Foto: Reprodução/CNN Brasil (19.out.2020)
Compartilhar matéria

Às vésperas do retorno presencial das aulas no município do Rio de Janeiro, o secretário de educação da capital fluminense, Renan Ferreirinha, não descartou um novo fechamento das escolas da rede pública caso seja registrado uma alta na taxa de contaminação por Covid-19 na cidade.

As atividades presenciais voltam a acontecer a partir desta quarta-feira (24) nas 38 unidades listadas como aptas pela prefeitura e podem ser interrompidas caso o Rio de Janeiro entre na bandeira vermelha, ou seja, atinja um risco muito alto de propagação da doença. 

“Se as escolas precisarem fechar por questões epidemiológicas e sanitárias, nós iremos realizar um outro fechamento temporário”, disse Ferreirinha durante entrevista à CNN Rádio nesta terça-feira (23). 

Apesar disso, o secretário de educação do Rio afirmou que a manutenção das aulas é uma prioridade para a prefeitura. “A escola precisa ser a última a fechar e a primeira a abrir”, concluiu.

 

O ano letivo no município do Rio começou, de forma on-line, no dia  8 de fevereiro. Já as aulas presenciais, apenas para algumas séries, serão retomadas a partir de amanhã, dia 24 de fevereiro. O retorno das atividades nas escolas será escalonado, e prevê a volta das demais séries em um período de duas a três semanas.

A lotação nas turmas será limitada de acordo com o nível de contágio em cada região, divulgado semanalmente pela prefeitura. A lotação permitida diminuirá à medida que o nível de risco de contágio pela Covid-19 aumente, com a seguinte divisão:

— risco moderado: as escolas poderão receber até 75% da capacidade
— risco alto: as escolas terão o limite de metade da capacidade
— risco muito alto: as escolas podem receber para aulas presenciais apenas 30% da capacidade

 

Sindicatos são contra

Os professores municipais do Rio são contra a retomada presencial das atividades até que a vacinação contra a Covid-19 seja concluída. Na última assembleia do Sindicato dos profissionais de educação (Sepe), 75% dos profissionais votaram pela manutenção da greve “pela vida” e, consequentemente, a manutenção dos trabalhos de forma virtual.   

Questionado quais medidas serão tomadas caso os professores não compareçam as aulas presenciais, a secretaria de educação afirmou à CNN que a prefeitura “buscará estratégias para que os alunos não fiquem sem aula”.