Médico explica lesões cerebrais causadas pela intoxicação por metanol

Ministério da Saúde já registrou 116 casos suspeitos e 11 confirmados de intoxicação por metanol. Em entrevista à CNN, o neurologista Osvaldo Nascimento alertou para risco de sequelas no cérebro como parkinsonismo

Da CNN
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O Brasil enfrenta uma preocupante situação com casos de intoxicação por metanol, com 116 casos suspeitos e 11 confirmados anunciados pelo Ministério da Saúde neste sábado (4). Em entrevista à CNN, o neurologista Osvaldo Nascimento explicou que a substância pode causar graves danos neurológicos, o que exige diagnóstico e tratamento rápidos para evitar sequelas permanentes.

Segundo o especialista, a intoxicação por metanol pode provocar necrose em regiões centrais do cérebro, especialmente nos núcleos da base, além de possíveis hemorragias cerebrais. Mesmo com tratamento adequado, cerca de 60% a 70% dos pacientes não sobrevivem, e os que se recuperam podem desenvolver condições graves como parkinsonismo.

Diagnóstico e Tratamento

O neurologista ressaltou que o diagnóstico precoce é crucial, porém enfrenta desafios significativos. Os testes laboratoriais são demorados, e muitos pacientes confundem os sintomas com uma ressaca comum, retardando a busca por atendimento médico.

O tratamento pode ser realizado com fomepizol, um antídoto que bloqueia a enzima responsável pela transformação do metanol em ácido fórmico no organismo. De forma alternativa, o etanol pode ser administrado por via intravenosa ou sonda, competindo com o metanol no fígado e retardando seus efeitos tóxicos.

O especialista disse ainda que as intoxicações são mais frequentes no Brasil do que se imagina, não se limitando apenas aos casos recentes. O cenário evidencia a necessidade de maior atenção das equipes de saúde e da população para identificar e tratar rapidamente casos suspeitos de intoxicação.

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