Falta proteção estatal na área em que indigenista e jornalista sumiram, diz pesquisador
Bruno Araújo e Dom Phillips desapareceram no último dia 5; buscas na região continuam pelo 9° dia
A área da Amazônia em que o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips desapareceram é perigosa devido à falta de proteção estatal, de acordo com André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
Em entrevista à CNN nesta terça-feira (14), Guimarães explicou que a região está sob guarda do governo federal, mas precisa de participação mais ativa das autoridades para evitar a atuação de “agentes ilegais e criminosos”.
“Esse aumento de ilegalidade e criminalidade acaba sendo promovido por um ambiente de baixa fiscalização e baixa punição”, afirmou o diretor.
Guimarães pontuou também que há alta no desmatamento, que se deve, em grande parte, por “grileiros, pessoas que ocupam ilegalmente terra e garimpo ilegal”, além da exploração ilegal de madeira.
Ainda segundo o pesquisador, essas atividades têm acontecido de forma permanente na região, sendo uma situação “muito delicada e complexa de ser resolvida”, e que demanda atuação firme do governo.
“Daqui pra frente, temos que construir um projeto de Amazônia que pressupõe a floresta em pé, a legalidade em detrimento da ilegalidade, que pressupõe incentivos para produzir mais e melhor nas áreas que já foram alteradas”, destaca o diretor.
*assista à entrevista completa no vídeo acima
