Sâmia diz que família pedirá acesso a inquérito sobre médicos assassinados no RJ
Em depoimento à imprensa durante o velório de seu irmão, no interior de São Paulo, a deputada federal disse que crime precisa ser "solucionado e tratado com a maior seriedade possível"
A família da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) pedirá acesso ao inquérito policial que investiga o assassinato de três médicos, incluindo o irmão da parlamentar. O crime aconteceu na madrugada de quinta-feira (5) em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
O corpo de Diego Bomfim é velado desde a manhã desta sexta em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. O sepultamento está previsto para a manhã de sábado (7).
Em depoimento à imprensa durante o velório, a deputada agradeceu a solidariedade que “vem dos diferentes cantos do país, das mais diversas entidades e pessoas”.
“Isso também demonstra o quanto a sociedade brasileira repudia profundamente o que aconteceu e o quanto o crime precisa ser solucionado e ser tratado com a maior seriedade possível porque meu irmão era uma pessoa maravilhosa”, disse Sâmia.
“Nós da família vamos pedir, através dos nossos advogados, acesso aos dados do inquérito, conforme a lei nos possibilita, para que a gente possa ter acesso às informações e acompanhar de perto todas as linhas e possibilidade de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro”, completou.
Mais cedo, a deputada publicou um post em seu Instagram em homenagem ao irmão morto. Sâmia prometeu “a maior de todas” as brigas por justiça.
https://www.instagram.com/p/CyDczhnuma4/?utm_source=ig_embed&ig_rid=e8b31d6b-9079-4254-8e20-91702ea3a6c0
“Diego, meu irmão querido. Você sempre foi nosso maior orgulho. Um homem íntegro, doce, gentil, alegre, brincalhão, inteligente, amigo. Estava começando a realizar seus sonhos pessoais e profissionais, trabalhando muito. De você só tenho boas lembranças, da infância, adolescência, de quando moramos juntos, de quando cuidava do Hugo. Eu te amo pra sempre”, escreveu.
“Nossa família é muito forte e unida e vamos seguir juntos por você sempre. Também não vamos nos conformar, vamos lutar por justiça. Você sempre incentivou que eu usasse minha voz e posição para brigar pelo certo e pelo justo. Essa briga eu daria tudo pra não precisar dar, mas será a maior de todas elas”, completou.
O crime
Três médicos ortopedistas morreram – e um ficou ferido – após terem sido baleados na avenida da praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, na madrugada de quinta-feira (5).
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Médicos foram baleados em quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro
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Médicos foram baleados em quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro
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Médicos foram baleados em quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro
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Marca de tiro em quiosque onde os médicos foram mortos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro
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Marca de tiro em quiosque onde os médicos foram mortos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro
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Imagem de circuito interno mostra a movimentação dos criminosos que mataram os médicos no Rio de Janeiro
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Um dia depois do ataque contra o grupo de médicos, quiosque onde o crime aconteceu, na Barra da Tijuca, já funcionava normalmente
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Um dia depois do ataque contra o grupo de médicos, quiosque onde o crime aconteceu, na Barra da Tijuca, já funcionava normalmente
Os quatro foram socorridos por bombeiros. Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim — irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) – morreram no local.
Um outro médico está internado. “O paciente permanece lúcido, orientado e seu quadro clínico segue estável”, diz o boletim médico divulgado nesta sexta-feira (6).
O grupo estava no Rio de Janeiro para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, evento internacional com apoio da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, entidade que os médicos faziam parte.
Segundo informações do analista da CNN Leandro Resende, uma das hipóteses da investigação aponta que o crime teria sido cometido por traficantes que confundiram um dos médicos do grupo, Perseu Ribeiro Almeida, com um filho de um miliciano local.