Justiça manda prender oitavo envolvido na execução do ex-delegado Ruy
Quatro pessoas foram presas e quatro investigados são procurados pela polícia por envolvimento no crime

A Justiça expediu nesta terça-feira (23), o oitavo mandado de prisão por envolvimento na execução do ex-delegado-geral de SP, Ruy Ferraz Fontes. Quatro pessoas já foram presas e outros quatro investigados são procurados.
De acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo), também foram cumpridos novos mandados de busca e apreensão e oitivas de testemunhas. Os laudos periciais estão em elaboração e serão analisados.
O crime ocorreu após uma perseguição em alta velocidade, culminando com o ex-delegado sendo alvejado por mais de 20 tiros de fuzil dentro do carro capotado, na Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas.
Prisões e foragidos
Até o momento, foram presos:
- Dahesly Oliveira Pires: Presa por suspeita de transportar um fuzil de Praia Grande (SP) para Diadema (SP). Ela recebeu o pagamento via Pix de uma conta ligada a Luiz Antônio;
- Luiz Henrique Santos Batista, o "Fofão": Traficante e membro do PCC, preso por suspeita de participação na logística do crime, mas não como executor direto;
- Rafael Marcell Dias Simões: Identificado como o sexto envolvido, atua em uma facção criminosa na Baixada Santista e foi preso em São Vicente (SP);
- William Silva Marques: Dono do imóvel em Praia Grande que teria sido usado pelos criminosos e onde Dahesly buscou o fuzil. Ele foi preso na manhã de sábado (20).
Permanecem foragidos e com prisão temporária decretada: Flavio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, o "Mascherano", acusado de atuar como "Disciplina" no PCC, investigados pela execução direta. Além de Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, suspeito de organizar o transporte da arma e de dirigir o carro usado no crime.
O secretário Guilherme Derrite declarou que "não resta dúvida de que o PCC está envolvido" na morte, que pode ser uma "crônica de uma morte anunciada", já que Fontes era jurado de morte desde 2006 por ter indiciado a cúpula da facção, incluindo Marcola.
Descobertas
Os carros utilizados pelos criminosos (uma Toyota Hilux e um Jeep Renegade) foram roubados na capital paulista.
Após a execução do ex-delegado, a Hilux foi incendiada após o crime para eliminar vestígios. O Renegade foi abandonado com o contato ligado, e exames periciais realizados neste veículo levaram à identificação dos executores.
Os investigadores encontraram carregadores de fuzil, cápsulas deflagradas e carregador de pistola, próximos ao Renegade abandonado.


