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    Tarifa de ônibus em São Paulo não vai aumentar em 2022, afirma Ricardo Nunes

    Segundo o prefeito, a prefeitura poderá arcar com R$ 4 bilhões em subsídios para garantir o congelamento dos preços e não repassar o aumento dos custos aos passageiros

    Anúncio foi feito um dia depois da greve de motoristas de ônibus na cidade de São Paulo
    Anúncio foi feito um dia depois da greve de motoristas de ônibus na cidade de São Paulo Rovena Rosa/Agência Brasil

    do Estadão Conteúdo

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    As tarifas do transporte municipal em São Paulo não vão aumentar neste ano, segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse nesta quinta-feira (30). Ele afirmou que os preços das passagens não serão corrigidos em 2022, apesar do aumento do valor dos combustíveis e reajustes de salários dos motoristas e cobradores em 12,47%. De acordo com Nunes, a prefeitura poderá arcar com R$ 4 bilhões em subsídios para garantir o congelamento dos preços e não repassar o aumento dos custos aos passageiros.

    A manutenção dos valores das tarifas do transporte municipal foi assegurada no mesmo dia em que o governador do Estado e pré-candidato à reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB), informou que as passagens de Metrô e trens (CPTM) também não vão aumentar até o fim de 2022. A mesma estratégia será usada para os pedágios das rodovias paulistas. O governador justificou as medidas com a crise econômica e o aumento de preços que atingem o bolso dos brasileiros.

    “Conversei ontem com o governador Rodrigo Garcia. Ele não vai aumentar [a tarifa do] trem e metrô, e a prefeitura de São Paulo, portanto, também não vai fazer o aumento da tarifa [do transporte municipal] esse ano”, afirmou Ricardo Nunes. “Evidentemente, a gente vai ter que aportar mais recursos de subsídios.”

    Na fala, o chefe do Executivo não definiu a quantia que será repassada da prefeitura, mas disse que o valor dos recursos públicos em subsídios poderá ficar por volta dos R$ 4 bilhões, valor acima dos R$ 3,3 bilhões que foram repassados nos anos anteriores. A passagem dos transportes não é reajustada na capital há dois anos.

    “Não tem um número fechado [sobre o quanto vai aumentar de subsídio]. Vai depender se o diesel vai aumentar ou cair, do número de passageiros. Estamos em junho, e isso é uma conta diária. Mas hoje, no dia 30 de junho, temos uma previsão de R$ 4 bilhões. Mas pode ser mais ou menos”, ponderou o prefeito.

    Segundo Nunes, a decisão de não aumentar a passagem foi tomada com base nas condições econômicas e sociais da população paulistana. “A gente entendeu que é importante fazer essa ação política, pública, porque estamos em uma retomada econômica. São Paulo está gerando empregos, mas há 800 mil desempregados na capital, o que representa 11% do público ativo que está procurando emprego”, salientou.

    O anúncio foi feito um dia depois de deflagrada a segunda greve de motoristas e cobradores no mês. Na quarta (29), ambas as categorias paralisaram as atividades por exigirem hora de almoço remunerada, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e plano de carreira, entre outros benefícios. Mais de 6.000 ônibus deixaram de circular na capital. O protesto foi repudiado pelo prefeito: “O que aconteceu ontem foi uma irresponsabilidade, um desrespeito à cidade e uma falta de compromisso com a cidade”.

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