Tudo indica que este será o ano mais quente da série histórica, diz meteorologista à CNN
Especialista aponta dois fatores que podem explicar por que tantas ondas de calor estão registradas neste ano: o fenômeno El Niño e as mudanças climáticas
- 1 de 7
Temperatura passou de 34ºC na capital paulista neste sábado • Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil.
- 2 de 7
Pedestres se protegem do sol e calor no Viaduto do Chá, na região central de São Paulo, na manhã deste sábado (11) • Foto: BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
- 3 de 7
Pessoas aproveitam dia de sol e calor na piscina do Sesc 24 de Maio, na região central de São Paulo, na manhã deste sábado, 11 • Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO
-
- 4 de 7
Com as altas temperaturas, populares se refrescam nas fontes do Vale do Anhangabau • Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
- 5 de 7
Jovens Luís e Giovana se refrescam no chafariz do Parque da Independência • Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
- 6 de 7
Operação Altas Temperaturas, da prefeitura de São Paulo, na Praca da Republica, distribui agua e frutas para pessoas em situação de vulnerabilidade para amenizar o impacto do calor previsto para os próximos dias • Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
-
- 7 de 7
Pessoas tomam sol no Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas, em Bela Vista • Operação Altas Temperaturas, da prefeitura de São Paulo, na Praca da Republica, distribui agua e frutas para pessoas em situação de vulnerabilidade para amenizar o impacto do calor previsto para os próximos dias
“Tudo indica que este será o ano mais quente da história no globo”, disse Giovanni Dolif, meteorologista e pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em entrevista à CNN nesta segunda-feira (13).
O mês de julho de 2023 é considerado o mês mais quente já registrado no planeta Terra, segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia (UE) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O meteorologista aponta dois fatores que podem explicar por que tantas ondas de calor estão registradas neste ano: o fenômeno El Niño e as mudanças climáticas.
Dolif explicou que o El Niño aquece as águas do oceano e, por conta disso, força a subida de ar quente nessas áreas. “Se o ar subiu em algum lugar, ele vai ter que descer em outro”, completou.
Essa movimentação faz com que massas de ar quente e seco desçam no Norte do país, afetando as temperaturas no Brasil todo, além de favorecer a ocorrência das chuvas na região Sul.
“Já estamos vindo de um inverno mais quente no Brasil. As ondas de calor causadas pelas oscilações do El Niño fazem com que cheguemos a recordes de temperaturas históricos”, falou.
Para Dolif, devemos continuar vendo oscilações na temperatura global, mas a longo prazo ela tende a subir.
Fim de semana pode ter tempestades
O especialista disse que a onda de calor deve seguir mais forte até o fim desta semana, quando podem ocorrer chuvas fortes.
“O fim de semana será um momento de transição, e sempre que tem transição tem tempestades fortes, principalmente no Sudeste e parte do Centro-Oeste”, disse.
Enquanto as temperaturas continuarem altas nesta semana, as chuvas fortes devem seguir na região Sul, mas a partir do fim de semana elas devem vir para o Sudeste, segundo o meteorologista.
Quase metade das cidades do país sob alerta de perigo

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alertou que 15 estados e o Distrito Federal estão em grande perigo para uma forte onda de calor até sexta-feira (17). O fenômeno deve elevar em 5º C suas temperaturas médias no período, que inclui o feriado da Proclamação da República, na quarta (15).
Quase metade dos 5.568 municípios brasileiros são afetados pelo calor: 2.707. Pela manhã, o alerta englobava cerca de 1.100 cidades.