Afegã dá à luz a bordo de avião dos EUA de transporte de refugiados
Mulher entrou em trabalho de parto em 28 mil pés de altitude e militares pousaram o avião para ajudar no nascimento


Uma mãe afegã deu à luz uma menina logo após pousar na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, no sábado (21), a bordo de um voo de evacuação militar dos EUA, disse a Força Aérea norte-americana em sua mídia social.
Em um tópico do Twitter neste domingo (22), o Comando de Mobilidade Aérea dos Estados Unidos disse que a mulher entrou em trabalho de parto a bordo de uma aeronave de transporte C-17 durante a segunda etapa de sua viagem, fugindo da tomada do Talibã no Afeganistão. O voo partiu de uma base de teste no Oriente Médio para a grande base aérea dos Estados Unidos na Alemanha.
A Força Aérea dos Estados Unidos disse que a gestante começou a ter complicações enquanto a aeronave estava em sua altitude de voo, normalmente acima de 28 mil pés (8.534 metros), devido à menor pressão do ar no avião.
“O comandante da aeronave decidiu descer de altitude para aumentar a pressão do ar na aeronave, o que ajudou a estabilizar e salvar a vida da gestante”, segundo relato do oficial do Comando de Mobilidade Aérea dos Estados Unidos.
Assim que o avião pousou na base de Ramstein, o pessoal do 86º Grupo Médico da Força Aérea ajudou no parto do bebê no compartimento de carga do C-17, segundo o relato no Twitter. Mãe e bebê foram então transportados para um centro médico próximo, onde estão em boas condições.
A Base Aérea de Ramstein emergiu como um importante ponto de trânsito para refugiados do Afeganistão.
O general Hank Taylor disse a repórteres durante uma coletiva no Pentágono no sábado que os C-17 estavam transferindo refugiados de uma base aérea no Catar para a Alemanha para aliviar o acúmulo de pessoas na base do Catar, onde muitos voos vindos diretamente de Cabul estão chegando.
Na sexta-feira (20), os voos militares de evacuação dos EUA da capital afegã foram interrompidos por quase oito horas porque a área de espera na base militar dos EUA no Catar estava lotada, disseram as autoridades.
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Combatente do Talibã em patrulha em Cabul na quarta-feira (18) • AP
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Guardas afegãos tentam manter a ordem enquanto centenas de pessoas se reunem em frente ao Aeroporto Internacional de Cabul, na terça-feira (17) • AP
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Afegãos em frente ao Aeroporto Internacional de Cabul na terça-feira (17) • AP
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Combatentes do Talibã em guarda em um posto próximo à Embaixada dos Estados Unidos em Cabul, na terça-feira (17) • AP
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Combatente do Talibã de guarda em posto próximo à Embaixada dos Estados Unidos, na terça-feira (17) • AP
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Combatentes do Talibã de guarda pelas ruas de Cabul na quinta-feira (19), na celebração do "Dia da Independência do Afeganistão" • AP
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Afegãos agitam uma nova bandeira que se tornou símbolo da tomada do Talibã na quinta-feira (19) • AP
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Repórter Clarissa Ward, da CNN, nas ruas de Cabul, na quinta-feira (19) • Brent Swails/CNN via AP
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Combatentes do Talibã exibem armas nas ruas de Cabul na quinta-feira (19), durante o "Dia da Independência do Afeganistão" • AP
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Combatentes do Talibã durante o "Dia da Independência do Afeganistão" na quinta-feira (19) • AP
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Combatentes do Talibã com armas de ataque dos EUA são fotografados em um desfile do "Dia da Independência do Afeganistão", na quinta-feira (19) • Taliban
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Combatentes do Talibã em patrulha pelas ruas de Cabul na sexta-feira (20) • AP
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Soldados dos Estados Unidos puxando criança durante evacuação em Cabul na sexta-feira (20) • AP
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Soldado dos Estados Unidos cumprimenta criança no Aeroporto Internacional de Cabul, durante a retirada das tropas na sexta-feira (20) • AP
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Soldados dos Estados Unidos cercam Aeroporto de Cabul durante evacuação das tropas na sexta-feira (20) • AP
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O general Josh Olson disse à CNN no sábado que a base Ramstein tem capacidade para 5.000 pessoas, mas as instalações extras que estão em construção devem acomodar 7.500 pessoas até a noite deste domingo (22).
Olson disse que espera que os refugiados fiquem entre 48 e 72 horas na base. O acordo dos EUA com a Alemanha afirma que eles não devem permanecer por mais de 10 dias, acrescentou.
Desde o final de julho, 22.000 pessoas foram retiradas do país, disse o general Taylor. Destes, 17.000 foram desde 14 de agosto.
Na sexta-feira, a Força Aérea disse que um de seus voos C-17 do Afeganistão estabeleceu um recorde para o número de pessoas transportadas a bordo da aeronave.
Um voo realizado em 15 de agosto, que a Força Aérea disse originalmente ter transportado 640 pessoas, na verdade transportou 823 pessoas a bordo, afirmou o Comando de Mobilidade Aérea em um tuíte, depois que a contagem inicial não incluiu 183 crianças a bordo.
Atika Shubert e Ellie Kaufman da CNN contribuíram para esta reportagem.
(Texto traduzido. Leia aqui o original em inglês.)