Irmãos Miranda processam Onyx Lorenzoni por suposto crime de ameaça e calúnia

Os irmãos Luis Miranda (DEM-DF) e Luis Ricardo Fernandes Miranda entraram no Supremo Tribunal Federal (STF) com representações criminais contra o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni. O deputado federal e o servidor do Ministério da Saúde processam o ministro por suposto crime de ameaça e calúnia. 

Em junho, Onyx afirmou que a Polícia Federal abriria uma investigação contra o deputado e seu irmão. O ministro disse ainda que Miranda iria “pagar” pelas suas afirmações.

As falas do ministro foram uma resposta às denúncias apresentadas pelos irmãos Miranda à imprensa e à CPI da Pandemia, de que haveria irregularidades no processo de aquisição das vacinas Covaxin por parte do governo federal. Depois da denúncia, o governo suspendeu o contrato de compra.

Para os irmãos, a fala de Onyx teve “cunho intimidatório, ameaçador, injurioso, caluniador, possivelmente com intuito de obstruir os trabalhos desenvolvidos" pela CPI. 

"O representado [Onyx Lorenzoni] ameaçou, ostensivamente, o representante [Luis Miranda], ao determinar o uso do parato estatal (Polícia Federal) para investigá-lo, com total desvio de finalidade e se exasperando, em seu linguajar, em 'acionar' o aparato da CGU [Controladoria-Geral da União] para investigar seu irmão, com a finalidade, por óbvio, de atingir o representante, isso tudo misturado com delírios messiânicos citante a Bíblia de maneira histriônica e sem sentido", diz o texto da representação apresentada ao STF. 

A coletiva de imprensa na qual Onyx Lorenzoni rebateu as informações passadas pelos irmãos Miranda foi iniciada pelo ministro com a leitura de trecho bíblico, da carta do apóstolo Paulo à igreja de Éfeso, que diz: "pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais", conforme o capítulo 6, versículo 12.