Aliados veem recuo tático de Tarcísio de Freitas
Durante o CNN Arena, o analista de Política Pedro Venceslau apurou que aliados avaliam que governador paulista adota postura mais discreta após críticas de bolsonaristas, sinalizando preferência por Ratinho Júnior para disputa nacional
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), adotou uma postura de distanciamento em relação às discussões sobre eleição presidencial e articulações relacionadas à anistia. A mudança de posicionamento é vista por aliados como um recuo estratégico, após o governador enfrentar críticas do campo bolsonarista. A apuração é do analista Pedro Venceslau durante o CNN Arena.
Em visita a Brasília, Tarcísio manteve uma agenda restrita, limitando-se a um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e uma reunião com o representante do escritório de São Paulo na capital federal. O governador não participou de encontros com congressistas nem com a bancada do Republicanos, sinalizando um afastamento temporário das articulações políticas nacionais.
Mudança de estratégia
A nova postura do governador é interpretada como uma tentativa de reduzir sua exposição, especialmente após críticas recebidas do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos. Tarcísio tem reiterado que não é candidato à presidência e que pretende disputar a reeleição em São Paulo.
Nos bastidores, Freitas já indicou sua possível preferência para a corrida presidencial. Em conversas com interlocutores, o governador paulista sinalizou que, entre os nomes da direita, considera o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), como o mais preparado para vencer uma eleição presidencial, destacando seu perfil mais moderado como um diferencial.
A expectativa é que as discussões sobre as eleições presidenciais sejam retomadas apenas no final do ano, entre novembro e dezembro, quando o cenário político estiver mais definido.


