Bancada evangélica fala em ações para pressionar magistrados em julgamento sobre aborto

Além de movimentar as redes sociais, bancada fala em mobilizar manifestações de rua para elevar o tom contra a descriminalização

Renata Agostini
Sessão plenária do STF
Evangélicos se opõem à realização do aborto e enxergam no julgamento uma forma de flexibilizar a prática  • Carlos Moura/SCO/STF
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Integrantes da bancada evangélica comemoraram o pedido do ministro Luís Roberto Barroso para que o julgamento sobre o aborto ocorra no plenário presencial do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com deputados ouvidos pela CNN, o entendimento é que as chances de barrar a descriminalização aumentam. Por isso, eles já planejam medidas para pressionar publicamente a Corte, como ações nas redes e manifestações de rua.

Eles ficaram sob alerta diante do voto da ministra Rosa Weber, que, num voto bastante alentado, defendeu a retirada de punição às mulheres no caso de abortos realizados até a 12ª semana de gestação.

Os evangélicos se opõem à realização do aborto e enxergam no julgamento uma forma de flexibilizar a prática.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 39 mil mulheres morrem todos os anos e milhões são hospitalizadas por causa de abortos inseguros.

Os parlamentares evangélicos dizem que a saída do caso do plenário virtual era amplamente esperada pela bancada, que vinha tentando enviar recados aos ministros sobre a importância de o debate ser aprofundado no plenário físico.

Agora, com a garantia de que o julgamento será presencial, eles já antecipam uma série de ações para dar visibilidade ao caso e pressionar os magistrados. Além de movimentar as redes sociais, a bancada fala em mobilizar manifestações de rua para elevar o tom contra a descriminalização.

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