
Candidatos a presidente falam sobre acordo com os EUA para o uso da base de Alcântara
Parceria entre os países para a utilização do centro espacial do Maranhão foi aprovada pelo Congresso em 2019

Aprovado no Congresso em 2019, o acordo entre Brasil e EUA para o uso do centro espacial de Alcântara, no Maranhão, foi promulgado pelo governo em 2020, com previsão de que a operação comercial começasse em 2022.
Segundo o governo federal, o acordo contribui para viabilizar o Centro Espacial de Alcântara para lançamentos de objetos espaciais, o que geraria divisas para o desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro. Outro argumento é que as patentes de grande parte dos componentes tecnológicos dos objetos da indústria aeroespacial têm origem nos Estados Unidos.
O acordo proíbe o lançamento de espaçonaves ou veículos de lançamento de países com sanções estabelecidas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas ou governos que tenham apoiado atos de terrorismo internacional.
A CNN perguntou aos pré-candidatos à Presidência da República o que eles pensam sobre o acordo com os EUA para o uso do centro de Alcântara.
Confira abaixo as respostas:
Luiz Inácio Lula da Silva (PT):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Jair Bolsonaro (PL):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Ciro Gomes (PDT):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Simone Tebet (MDB):
A candidata não respondeu até o momento da publicação.
Pablo Marçal (Pros):
O acordo Brasil-EUA tem o objetivo de salvaguardar tecnologia americana embarcada nos foguetes e era um pressuposto para destravar a base. Instalada em uma posição geográfica privilegiada, a Base de Alcântara tem muitos pontos favoráveis como reduzir até 30% de consumo de combustíveis por lançamento, até apresentar custos de operação mais baixos que a média mundial. Apesar disso, a base ainda não decolou porque carece de investimentos na região como infraestrutura, universidades, centros de tecnologia, fornecimento adequado de energia, entre outros.
Vejo o acordo como necessário, para viabilizar a exploração comercial por países que detenham tecnologia americana. Mas não podemos ignorar que, sem investimentos adequados e um plano de negócios abrangente que contemple toda a região, estamos perdendo a janela de oportunidade que se abriu.
Aquela região precisa tornar-se um polo tecnológico de excelência e até um polo turístico que beneficie toda a região. Esse é o problema da falta de visão empresarial nos governos. Quem senta naquela cadeira nunca teve resultados pessoais para produzir riqueza e prosperidade e tudo tem que ser monetizado em favor do povo e do Brasil.
A cadeira de presidente vai ficar os quatro anos virada sobre a mesa e vocês vão ver um governo de movimento e ação. Vou estar mais próximo das frentes de obras, das estatais e junto do povo conhecendo os problemas do país e propondo soluções. Sem essa visão empresarial macro, o que estamos investindo hoje não vai surtir efeito e aí não decolamos nem foguetes, nem a Base de Alcântara em si.
Felipe d’Avila (Novo):
Alcântara é uma das melhores bases do mundo para o lançamento de foguetes e satélites. Sem dúvida, deve ser aproveitada. O acordo é também uma boa oportunidade de trazermos novas tecnologias para cá. É positivo para o país.
José Maria Eymael (DC):
O Brasil e os EUA têm o relacionamento histórico que sugere como positivo um acordo no centro espacial de Alcântara.
Leonardo Péricles (UP):
O candidato não respondeu até o momento da publicação.
Roberto Jefferson (PTB):
A crítica principal na época do acordo era a parte de desenvolvimento tecnológico de veículos propulsores. De lá para cá, aconteceu uma coisa chamada Elon Musk, que virou a página do assunto.
Penso que, com essa gigantesca evolução, o acordo passou a ser algo muito melhor, porque trouxe nossa base de volta ao mercado de lançamento de satélites num momento em que a atividade passa por um momento de crescimento.
Sofia Manzano (PCB):
A candidata não respondeu até o momento da publicação.
Vera Lúcia (PSTU):
A candidata não respondeu até o momento da publicação.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos — Os candidatos a presidente
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Jair Bolsonaro, presidente do Brasil e candidato à reeleição pelo PL
Crédito: CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 2 de 12
Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT
Crédito: Ricardo Stuckert/Divulgação - 3 de 12
O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) - 20/07/2022
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 4 de 12
Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência
Crédito: Divulgação/Flickr Simone Tebet - 5 de 12
Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência
Crédito: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 6 de 12
José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido
Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Bras - 7 de 12
Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018
Crédito: Romerito Pontes/Divulgação - 8 de 12
Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente
Crédito: Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021 - 9 de 12
Sofia Manzano (PCB) é pré-candidata à Presidência da República nas eleições de 2022
Crédito: Pedro Afonso de Paula/Divulgação - 10 de 12
Pablo Marçal, candidato à Presidência pelo Pros. Ele é empresário e se filiou ao partido no fim de março de 2022
Crédito: FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 11 de 12
O PTB escolheu o ex-deputado federal Roberto Jefferson como candidato. Condenado em 2012 pelo caso do mensalão, Jefferson está em prisão domiciliar desde janeiro de 2022 por suspeita de ligação com uma milícia digital que atenta contra a democracia, segundo o Supremo Tribunal Federal
Crédito: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO - 12 de 12
Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022
Crédito: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO