Eleições 2022

Candidatos a presidente falam sobre aliança com o Centrão e o presidencialismo de coalizão 

Formação de uma base aliada consistente tem sido elemento essencial para garantir o cumprimento dos mandatos

Da CNN
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Os presidentes brasileiros têm recorrido a alianças no Congresso para aprovar projetos e garantir a própria sobrevivência no poder. Isso é conhecido como presidencialismo de coalizão, termo cunhado por Sérgio Abranches, sociólogo e cientista político brasileiro.  

Por um lado, a formação de uma base aliada consistente tem sido elemento essencial para garantir o cumprimento dos mandatos – no período da redemocratização, presidentes que se relacionaram mal com o Congresso sofreram processos de impeachment. 

Por outro, a formação de alianças com partidos que priorizam cargos no governo e verbas muitas vezes é fonte de casos de corrupção e desvios.

 A CNN perguntou aos candidatos à Presidência da República o que eles pensam sobre alianças com o Centrão e o presidencialismo de coalizão. 

Confira abaixo as respostas: 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 

O candidato não respondeu até o momento da publicação. 

Jair Bolsonaro (PL): 

O candidato não respondeu até o momento da publicação. 

Ciro Gomes (PDT): 

O candidato não respondeu até o momento da publicação. 

Simone Tebet (MDB):  

A candidata não respondeu até o momento da publicação.  

Pablo Marçal (Pros): 

O candidato não respondeu até o momento da publicação.  

Felipe d’Avila (Novo): 

A aliança com o Centrão é sintoma de um governo que não tem convicção no que defende. O presidencialismo de coalizão deve ser construído em torno de um projeto de país, e não entregando cargos, ministérios e uma fatia bilionária do orçamento por meio das emendas de relator. 

Quando o governo sabe o que quer e compra as brigas certas, é capaz de mobilizar a população e a opinião pública sem precisar desse jogo sujo do “toma-lá-da-cá”. Sempre que houve uma mudança importante no Brasil, foi desse jeito. Um governo republicano se constrói com coragem e convicção. 

José Maria Eymael (DC): 

Como candidato à Presidência da República, defendo o relacionamento harmônico entre os poderes. 

Especificamente em relação ao Congresso Nacional, a relação deve ser pautada pela obediência aos princípios constitucionais, tendo sempre como objetivo maior os interesses do Brasil e dos brasileiros. 

Leonardo Péricles (UP): 

O candidato não respondeu até o momento da publicação. 

Roberto Jefferson (PTB): 

Alianças nos parlamentos são fatos normais, característicos das democracias. Não podemos confundir alianças políticas com formação de quadrilha. 

Em 2018, demos o primeiro passo para superar isso tudo. Neste ano daremos outro passo e em breve esperamos estar livres disso tudo. Para tanto, basta que as pessoas de bem, no dia da eleição, saiam de casa para votar em alguém comprometido com o fim desta prática nefasta. 

Esse é o papel dos cidadãos que creem em Deus, na família, na vida, na liberdade e, além disso, desejam contribuir com a sua pátria. 

Sofia Manzano (PCB): 

A candidata não respondeu até o momento da publicação.  

Soraya Thronicke (União Brasil): 

A candidata não respondeu até o momento da publicação. 

Vera Lúcia (PSTU): 

O Centrão, junto com a extrema-direita, é o que há de mais retrógrado na política brasileira, resquício da velha política coronelista, da troca de favores e da moral do vale tudo por cargos e poder.  

A existência do Centrão é consequência do antidemocrático sistema político brasileiro que beneficia esse tipo de agrupamento e exclui partidos como o PSTU. Por isso, defendemos uma reforma política que garanta democracia, retire privilégios e incorpore a população nas decisões de poder, por meio dos conselhos populares. 

O presidencialismo de coalizão existe porque os trabalhadores são apenas chamados a votar e depois são excluídos das decisões. Por isso, defendemos a participação popular através dos conselhos. Todas as decisões principais serão tomadas neles e os parlamentares terão de frequentá-los para defender suas propostas e encarar a população no debate.  

Somente assim o sistema de coalizão, feito de chantagens e trocas de favores, será abolido: com o controle da população.

Debate

As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.

O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.

Fotos - Os candidatos a presidente em 2022