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    Eleições 2022

    Ciro chama metade dos eleitores de Bolsonaro de “nazistas”

    Para pedetista, grupo é “de 10% a 15% dos eleitores”

    Renan Portoda CNN

    O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta quinta-feira (26) que o eleitorado brasileiro é composto por até 15% de “nazistas” e “fascistas”. O pedetista respondia a uma pergunta sobre o apoio de parcela significativa da população ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Segundo Ciro, o fato explicaria, inclusive, o desempenho do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) nas pesquisas de opinião sobre a disputa pelo governo de São Paulo.

    “O Brasil tem 10%, 12%, 15%, de eleitores que se identificam com Bolsonaro. São nazistas mesmo, fascistas. São anticiência, são homofóbicos. Acreditam na terra plana, exploram a religiosidade popular, exploram os temas da moral popular”, afirmou Ciro em entrevista à rádio CBN de Campinas. Considerando as últimas pesquisas de intenção de voto, em que Bolsonaro aparece com cerca de 30% das intenções de voto, Ciro referia-se à metade do eleitorado do presidente.

    A CNN procurou o presidente Bolsonaro para comentar a fala de Ciro Gomes e aguarda retorno.

    “Isso são 10%, 12%, o que explica por que o Tarcísio, um cara do Rio de Janeiro, chega aqui em São Paulo e, só porque é candidato do Bolsonaro, já está rivalizando com os primeiros”, continuou o pré-candidato do PDT.

    Contatado pela CNN para comentar as críticas de Ciro, o pré-candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que não vai se pronunciar.

    Ciro Gomes voltou a dizer que uma outra parcela do eleitorado bolsonarista é composta por pessoas que temem a volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder. O pedetista reafirmou suas críticas ao ex-presidente e disse que pode ser uma opção para romper a polarização.

    “Quase um terço do eleitorado do Bolsonaro diz que vai votar no Bolsonaro porque não quer o Lula e o PT de volta, apesar de estar muito frustrado, decepcionado e tal. Eu me animo de que eu possa ser a resposta para essas pessoas não se obrigarem a votar [neles], porque tenho chance, realmente, de apresentar um projeto para o Brasil”, disse.

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