Comandantes do Exército e da Aeronáutica rechaçaram golpe e o da Marinha, aderiu, diz PF
Freire Gomes e Baptista Júnior, com a recusa, foram alvos de uma milícia digital, que difundiu ataques pessoais aos militares e seus familiares
Os comandantes do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) rechaçaram participar do golpe de Estado em 2022 e o da Marinha, aderiu. A informação foi confirmada no relatório da Polícia Federal (PF) divulgado nesta terça-feira (26).
O então ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, realizou uma reunião em 14 de dezembro de 2022 com o general Freire Gomes, o tenente-brigadeiro Baptista Júnior, e o almirante Almir Garnier. As respostas foram dadas nesta ocasião.
Garnier, chegou a ter, inclusive, “tanques prontos” para o golpe.
Freire Gomes e Baptista Júnior foram pressionados pelo ex-ministro e candidato a vice de Bolsonaro, Walter Braga Netto, para aderirem ao plano.
Com a negativa, eles foram alvos de uma milícia digital, que difundiu ataques pessoais aos militares e seus familiares.
Veja o trecho:
Para tanto, os investigados, no transcorrer do mês de dezembro, tentaram de todas as formas pressionar e convencer os comandantes do Exército e da Aeronáutica a aderirem ao golpe de Estado em execução. Para isso, o então ministro da Defesa, General PAULO SERGIO, realizou uma reunião, na data de 14/12/2022, no Ministério da Defesa com os três comandantes das Forças Armadas para, novamente apresentar a minuta de decreto que subverteria o Estado de Direito no Brasil. FREIRE GOMES e BAPTISTA JÚNIOR rechaçaram qualquer adesão de suas respectivas forças ao intento golpista, reiterando que não concordariam com qualquer ato que impedisse a posso do governo eleito. Já o Almirante ALMIR GARNIER ratificou sua adesão aos atos criminosos.