Dino: decisão sobre novo ministro da Justiça deve sair até o fim desta semana

Após cerimônia sobre o 8 de janeiro, Flávio Dino afirmou que Lula faz escolha cuidadosa de seu sucessor

Basília Rodrigues, da CNN, Brasília
Futuro ministro do STF, Flávio Dino participou da cerimônia de um ano dos ataques de 8 de janeiro
Futuro ministro do STF, Flávio Dino participou da cerimônia de um ano dos ataques de 8 de janeiro  • Marina Ramos/Câmara dos Deputados
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O ministro da Justiça e futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, afirmou que, até o fim desta semana, o presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar quem irá assumir a pasta.

"Creio, que nesta semana, a transição seja concluída. Espero que até o final da semana o presidente possa chegar à sua escolha, chegar a esse nome. Eu continuo no ministério garantindo a continuidade das atividades com a minha equipe, e qualquer que seja o homem ou a mulher escolhido pelo presidente da República, terá em mim toda transparência para mostrar os programas, os projetos", afirmou após participar da cerimônia sobre o 8 de janeiro.

Dino deixará o governo depois de ser escolhido ministro do STF. Antes de assumir no Supremo, porém, o próximo destino será o Senado.

Ele optou por exercer um breve período, de um mês e uma semana, do mandato como senador pelo Maranhão.

Questionado se prefere o ex-ministro Ricardo Lewandowski ou o secretário-executivo do ministério, Ricardo Cappelli, para a vaga, ele respondeu que "só o presidente Lula sabe". "Lula tem grande experiência, está fazendo escolha cuidadosa", disse Dino.

Figura central nas decisões do governo para combater os ataques do 8 de janeiro, o futuro ministro do STF respondeu a jornalistas que uma possível anistia de que é acusado pelos crimes não está em pauta.

"O Poder Judiciário e a Polícia Federal estão fazendo sua parte", comentou. O ministro também defendeu a democracia e disse que nela são permitidas críticas a qualquer político, porém, "jamais pela força, jamais rasgando a Constituição, jamais quebrando a avenida da democracia".