Direita vê Derrite fragilizado após realizar alterações no PL Antifacção
Parlamentares da direita veem Guilherme Derrite fragilizado após múltiplas alterações no projeto, enquanto governo comemora mudanças no texto; apuração é de Larissa Rodrigues no CNN 360°
Relator do Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, o deputado Guilherme Derrite (PP-SP), protocolou nesta terça-feira (18) a quinta versão oficial do projeto de lei contra facções criminosas, gerando debates intensos na Câmara dos Deputados. O novo texto reflete alterações significativas em relação às versões anteriores, principalmente devido a pressões de diferentes setores governamentais. A apuração é de Larissa Rodrigues no CNN 360°.
As múltiplas versões do projeto têm gerado críticas da oposição, que vê um enfraquecimento progressivo do texto original. As modificações foram implementadas após manifestações de diversos órgãos, incluindo a Polícia Federal, levando a um texto considerado mais brando do que a proposta inicial.
Perspectivas divergentes
Do lado governista, há uma percepção positiva sobre as alterações conseguidas, embora considerem que as mudanças ainda não sejam suficientes. Fontes do Palácio do Planalto apostam que, apesar das ameaças, a oposição não votará contra o projeto, dado o histórico de priorização de temas relacionados à segurança pública.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), utilizou as redes sociais para defender a necessidade de união em torno do projeto, argumentando que "o bandido quando quer cometer um crime contra quem for, não importa se de direito ou esquerda". O presidente da Câmara demonstrou forte engajamento com a proposta, buscando sua aprovação independentemente do conteúdo final.
Até o fim do dia, há a possibilidade de surgimento de uma nova versão do texto. Segundo Rodrigues, novas alterações podem ocorrer durante a votação em plenário, o que mantém em aberto o formato final do projeto.

