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    “É a maior unidade civil depois das ‘Diretas Já'”, diz líder da Central de Movimentos Populares

    Juristas, políticos, sindicalistas, estudantes e artistas celebram leitura da carta da democracia 45 anos após declaração de manifesto contra ditadura militar, em 1977

    Ato de leitura de Carta pela Democracia, na cidade de São Paulo, SP, nesta quinta feira, 11
    Ato de leitura de Carta pela Democracia, na cidade de São Paulo, SP, nesta quinta feira, 11 ANDRé RIBEIRO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

    Adriana De Lucada CNN

    em São Paulo

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    ;Bandeiras, fantasias e objetos infláveis representando a urna eletrônica e a constituição dividiram espaço com o público, que acompanhou a leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa da Democracia”, nesta quinta-feira (12), do lado de fora da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, na região central de São Paulo.

    O ato pela democracia reuniu gerações. Jovens ao lado de idosos que voltaram à faculdade depois de 45 anos, mas para um novo ato em favor da democracia. Maria, de 71 anos, participou da manifestação contra a ditadura militar, exatamente no mesmo Largo São Francisco, em 1977.

    “É emocionante ver o povo unido pelo Brasil como um todo. Estou muito, muito feliz. Hoje é em benefício da democracia. Lá também a gente precisava estabelecer a democracia. Lá os crimes erram horroroso, e aqui é o risco do crime que a gente não pode deixar acontecer que a gente perca qualquer direito”. afirmou Maria.

    Dentro do prédio, no salão nobre da faculdade, empresários, banqueiros, e economistas dividiram espaço com movimentos sindicalistas e representantes da sociedade civil.

    Para o coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, está foi a maior união entre os setores dos últimos 40 anos.

    “Depois das ‘Diretas Já’, é a maior unidade da sociedade civil, porque é inadmissível você trabalhar com a possibilidade de que não será respeitado o resultado das urnas”, apontou Bonfim.

    O ex-ministro da Justiça José Carlos Dias fez a leitura da “Carta em Defesa da Democracia e da Justiça”, organizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

    “É um momento grandioso, eu diria talvez inédito, em que capital e trabalho se juntam em defesa da democracia”, comemorou Dias.

    Democracia representativa e suprapartidária

    Tanto os organizadores quanto os que participaram do evento buscaram manter um caráter representativo e suprapartidário para o encontro. Reunindo setores historicamente opostos, artistas, juristas, e os mais variados segmentos da sociedade civil.

    A maioria dos discursos ouvidos nesta quinta foi voltada à defesa da democracia, das instituições e do estado democrático de direito.

    “Hoje não foi um ato político, foi um ato de cidadania. Isso marca que o brasileiro quer viver o seu direito ao voto, à liberdade e à democracia”, declarou a cardiolista Ludhmila Hajjar, cotada para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Eduardo Pazuello em março de 2021.

    A cantora Daniela Mercury também esteve presente, discursou e cantou para o público, com uma bandeira do brasil colada ao corpo.

    “Os nossos símbolos não são de partidos políticos nem de ideologias específicas partidárias. Nossos símbolos estão aqui, mantidos por nós, e nós temos que defendê-los como estamos defendendo a democracia”, pontuou a artista.

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