Moraes envia à PGR pedido da defesa de Moro em inquérito sobre interferência na PF
Defesa de Moro enviou pedido ao STF para que a PGR receba o relatório do depoimento prestado por Bolsonaro na semana passada
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) o pedido feito pelo ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro no inquérito que apura possível interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal para beneficiar familiares e aliados políticos.
A defesa de Moro enviou pedido ao STF para que a PGR receba o relatório do depoimento prestado por Bolsonaro na semana passada.
“Abra-se vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, para manifestação quanto ao requerimento formulado por Sergio Fernando Moro”, determinou Moraes.
Segundo a defesa do ex-ministro, a PGR deveria ter feito parte do depoimento de Bolsonaro à PF para que pudesse esclarecer eventuais dúvidas sobre o conteúdo das declarações do presidente.
Presidente ouvido pela PF
Conforme informou a analista de política da CNN Thais Arbex, o presidente Jair Bolsonaro foi ouvido na noite do último dia 3 pela Polícia Federal, em Brasília, no inquérito que apura sua suposta interferência política no órgão. Bolsonaro cumpriu determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal.
O inquérito apura se Bolsonaro teria tentado interferir na PF, após Sergio Moro apontar que ele o pressionava para substituir o diretor-geral da corporação por um aliado.
Ao longo do depoimento, o presidente negou “qualquer intenção de interferência política” quando sugeriu a Moro a alteração nas gestões de Superintendências Regionais da PF.
Moraes decidiu, em agosto, que não era necessário que outras partes acompanhassem o depoimento de testemunhas. No entanto, segundo a analista de Política da CNN Renata Agostini, no entendimento dos advogados de Moro, isso não se aplica ao presidente, já que ele está na condição de investigado.
Os advogados de Moro reclamam que a fala do chefe do Executivo foi restrita apenas à PF. Também não houve a participação de integrantes da Procuradoria-Geral da República.
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(*Com informações de Thais Arbex)