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    MPF pede que Justiça continue investigação sobre Bolsonaro e Milton Ribeiro

    Caso apura suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação; suspeita de interferência do ex-presidente levou inquérito ao STF

    Lucas Mendesda CNN , Brasília

    O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a continuação, “com celeridade”, da investigação que mira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Milton Ribeiro, ex-ministro do seu governo, por acusações de corrupção no Ministério da Educação e suposta interferência nas apurações.

    O parecer, enviado na segunda-feira (19), pede o envio “imediato” do caso à Polícia Federal (PF) para apresentação das provas e conclusões obtidas até o momento.

    “Considerando que não ocorreram novos andamentos investigativos no presente caso, tendo em vista que os autos ficaram aguardando a decisão do STF quanto à competência para atuar no feito, verifica-se a necessidade de se prosseguir com celeridade à apuração”, disse a procuradora da República Carolina Martins Miranda De Oliveira.

    A investigação está na Justiça Federal do Distrito Federal.

    O caso chegou a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa das suspeitas de que Bolsonaro teria interferido na investigação da PF que prendeu Ribeiro.

    A então relatora, ministra Cármen Lúcia, devolveu a apuração à primeira instância depois que Bolsonaro deixou a presidência da República por causa da perda de foro.

    O caso

    A investigação apura supostos desvios no Ministério da Educação. Milton Ribeiro e outros dois pastores são suspeitos de operar um “balcão de negócios” na pasta e na liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

    Prefeitos de várias cidades relataram ter recebido pedidos de propina por parte dos pastores.

    Ribeiro chegou a ser preso preventivamente em operação da PF nessa investigação. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região revogou a prisão no dia seguinte.

    Na época dos fatos, Ribeiro negou que tenha favorecido pastores.

    Bolsonaro também negou que teria interferido na PF.

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