Análise: PM adota protocolo de reforço na Esplanada após protestos
Analista de política Isabel Mega avaliou no Live CNN que medida foi adotada após Alexandre de Moraes decretar prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e em meio a protestos da oposição na Câmara dos Deputados
A Polícia Militar do Distrito Federal implementou um protocolo especial de segurança na Esplanada dos Ministérios em Brasília. A medida foi tomada após Alexandre de Moraes decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, decisão que gerou mobilização de parlamentares da oposição. A análise é de Isabel Mega no Live CNN.
O reforço na segurança coincide com manifestações dentro do Congresso Nacional, onde parlamentares da oposição realizaram protestos. A situação ganhou complexidade quando a deputada Júlia Zanatta compareceu ao plenário com uma criança de quatro meses, gerando debates sobre a presença de bebês durante as manifestações.
Negociações e estratégias
Apesar dos rumores sobre possíveis acordos para pautar temas como anistia e foro privilegiado, fontes próximas a Hugo Mota indicaram que não houve negociações diretas com a presidência da Câmara. Os únicos avanços nas conversas ocorreram com partidos do Centrão, especificamente PP e União Brasil.
Os partidos manifestaram apoio à obstrução regimental — estratégia que permite protelar sessões através de requerimentos e outros instrumentos previstos no regimento — mas sem compromisso com votações específicas. Esta prática é comum tanto entre parlamentares de situação quanto de oposição, dependendo do contexto político.
A tensão no ambiente legislativo levou as autoridades de segurança a manterem estado de atenção na região central de Brasília, especialmente nos arredores dos prédios públicos. O protocolo de segurança reforçado visa prevenir eventuais escaladas de confrontos e garantir a ordem pública.