STF concede direito de silêncio a ex-médico da Prevent durante depoimento na CPI
Walter Correa de Souza Neto faz parte de grupo de médicos que elaborou um dossiê contra as ações da operadora de saúde no tratamento da Covid-19

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu, nesta quarta-feira (6), a Walter Correa de Souza Neto, ex-médico da Prevent Senior, o direito de permanecer em silêncio para não se autoincriminar durante seu depoimento à CPI da Pandemia na quinta-feira (7).
Ele ainda poderá estar acompanhando por um advogado, e não poderá sofrer constrangimentos físicos e morais, especialmente ameaças de prisão ou processo. Caso aconteça alguma ameaça, será avaliada a possibilidade de sua inclusão no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas.
O médico faz parte do grupo que elaborou um dossiê contra a Prevent Senior, onde acusam a empresa de fazer testes com cloroquina no tratamento contra a Covid-19 e ocultar as informações dos pacientes. A medida não possui comprovação científica.
Nas denúncias estão a pressão exercida para a prescrição do "kit covid", como cloroquina, azitromicina e ivermectina, e o assédio para que os pacientes aceitassem o tratamento. Segundo os documentos, e estratégia foi tomada para o governo federal influenciar a população a consumir os medicamentos. O dossiê ainda diz que a empresa Vitamedic lucrava com a venda dos fármacos, e a Prevent Senior com novas adesões ao plano de saúde.
A Prevent Senior nega as informações contidas nos documentos. A operadora de saúde diz que a acusação de que os médicos eram obrigados a receitar os medicamentos é falsa.


