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    Falta de oxigênio ameaça 54 cidades de SP, diz conselho de secretários de saúde

    Quatro destes municípios estão na região metropolitana

    Manuella Niclevicz , Da CNN, em São Paulo

     

    Um levantamento feito pelo Conselho dos Secretários Municipais de Saúde mostra que poderá faltar oxigênio medicinal nos próximos dias em 54 cidades do estado de São Paulo. Nestes locais, a previsão é a de que o estoque só deva durar até o fim desta semana. Quatro destes municípios estão na região metropolitana.

    Os hospitais estão com lotação quase máxima nas internações por Covid-19 e o consumo de oxigênio está aumentando rapidamente. Em Taquarituba, interior de São Paulo, por exemplo, há dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e quinze de enfermaria, todos estão ocupados. Com a alta na demanda, eles viram crescer em 500% o consumo de oxigênio.

    Em sua conta no Twitter, o governador João Doria afirmou que através da Secretária Estadual de Saúde, o governo está negociando com os maiores fabricantes de oxigênio do país novos contratos para abastecer os hospitais estaduais de São Paulo. Nesta segunda-feira (22), Doria já terá reuniões com empresas do setor.

    Tweet Joao Doria sobre oxigênio
    Tweet do governador Joao Doria sobre falta de oxigênio (21 março 2021)
    Foto: Reprodução / CNN

    Remédios para intubação

    Outro problema observado no estado é a escassez de medicamentos para intubação de pacientes. Campinas, Ribeirão Preto, Franca e Presidente Prudente correm o risco de esgotarem seus estoques de remédios, também, nos próximos dias. 

    A respeito da falta de medicamentos em São Sebastião, que corria o risco de ficar sem remédios já neste domingo (21), o Secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, afirmou à CNN que novas ampolas foram enviadas na noite de sábado (21) e que elas darão conta de atender pacientes por dez dias.

    Outro fator que está contribuindo para a dificuldade de aquisição destes medicamentos sedativos é alta nos preços. Uma rede de hospitais privadas afirmou que um destes remédios é o rocurônio e que, enquanto em 2020 ele custava R$ 16, atualmente ele chega a quase R$ 300.

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